Santa Cruz do Sul escolheu ontem os futuros prefeito e vereadores. A votação eletrônica se encerrou às 17 horas e, pouco tempo depois, já se conhecia os eleitos. No passado, não era assim: o resultado só saía depois de três ou quatro dias.
Antes do processo eletrônico, implantado em 1996 no Brasil, a votação era manual, em cédulas de papel, depositadas nas urnas (grandes sacos de lona). No local de apuração, eram abertas e os votos dos candidatos separados e contados. A primeira eleição eletrônica em Santa Cruz ocorreu em 2000.
Em cada mesa, várias pessoas faziam a contagem. Os números eram repassados para o mapa de totalização da Justiça Eleitoral.
Em volta dos escrutinadores, circulavam candidatos e delegados dos partidos. Eles conferiam o trabalho e brigavam por votos que, muitas vezes, não estavam bem claros.
Inicialmente, a contagem ocorria na sala do júri do antigo Fórum, na Rua Tenente Coronel Brito. O trabalho mobilizava dezenas de pessoas, no escrutínio e fechamento dos mapas oficiais.
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Mais tarde, a apuração passou a ser feita na Ginástica, Corinthians, Unisc, pavilhão central da Oktoberfest e no Poliesportivo. Centenas de eleitores acompanhavam tudo de perto.
A apuração era demorada, mas emocionante. A abertura da primeira urna gerava expectativa. Entre o público, surgiam apostas para ver de quem seria o primeiro voto, anunciado pelo juiz eleitoral.
A imprensa precisava de fôlego. As rádios acompanhavam a apuração ao vivo, davam a votação extraoficial e entrevistavam os candidatos.
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Nos estúdios, havia um grande mapa com os nomes dos concorrentes. Uma equipe fazia a totalização extraoficial e, a cada cinco urnas apuradas, era dado o resultado parcial para manter o ouvinte atualizado.