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Coluna da Renata

Saiba tudo sobre o orgasmo (e como chegar até ele)

Na resposta sexual humana, que quer dizer como o corpo reage aos estímulos sexuais, a fase inicial é o desejo e/ou excitação após estímulos sexuais. Após vem o orgasmo e resolução. Os estímulos podem ser psíquicos ou físicos. Os estímulos físicos são através dos órgãos dos sentidos como audição através de palavras, tato com toques, e visuais. Os estímulos psíquicos são desenvolvidos pelos pensamentos eróticos, fantasias e imaginação.

Após a excitação chegar ao máximo, se nada cortar o ciclo, acontece o orgasmo que é um reflexo, uma sensação percebida no cérebro. Também mudanças corporais, como calor, contração involuntária dos pés, um aumento do ritmo da respiração e dos batimentos cardíacos e ocorrem contrações rítmicas dos músculos da zona pélvica.  Proporciona sensações de prazer que são vividas pelas  pessoas de diferentes formas. No homem, após a excitação máxima, pode ocorrer a ejaculação que é a saída de sêmen pela uretra no pênis.

A fase do orgasmo é uma delícia, porém pode apresentar muitas características que podem causar dificuldades.

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“Como eu faço para chegar lá?” –  Não existe uma fórmula mágica. A sensação é puramente sentir prazer e é psíquico ou mental. Se trata de um reflexo que ocorre espontaneamente. Não se pode simplesmente querer ou comandar. O orgasmo acontece quando o ciclo da resposta sexual é completo após o máximo de excitação. A forma de fazer isso acontecer é individual, mas pode ser aprendida. Uma das técnicas é aprender a se masturbar e deixar que as sensações ocorram. No homem vem acompanhado, às vezes, de ejaculação. Na mulher, com reações corporais de contração espontâneas do útero e músculos corporais. O orgasmo simplesmente se sente.

“Nunca tive orgasmo. O que há de errado comigo?” – Nada de errado. É muito comum entre as mulheres. Na maioria das vezes acontece porque a pessoa não deixou que a estimulação fosse efetiva e a excitação não foi suficiente. Pode ser resultado de um bloqueio de fundo psíquico. As causas podem ser educação repressiva, primeira vez traumática e com dor, parceiro agressivo, culpas, não conhecimentos das áreas de maior sensação erótica para que o  estímulo seja efetivo. O orgasmo é descoberta e aprendizado, onde se deve aprender os pontos no qual sente mais tesão e aprender a estimular esses pontos através da masturbação. Pensamentos como “tenho que conseguir” ou “agora vai dar” são negativos e impedem que o reflexo aconteça. É bom fazer um exercício mental, curtir as sensações, fechar os olhos e simplesmente sentir. Às vezes precisa de ajuda de um terapeuta sexual.

“Há diferença entre o orgasmo do homem e da mulher?” – Acredita-se que não. Homens e mulheres podem ter a mesma intensidade de orgasmo, apesar do clímax ser percebido diferente conforme a pessoa.

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“É só comigo ou outras mulheres têm dificuldades em atingir o clímax?” – Conforme pesquisa feita no Brasil com 2.791 mulheres, 26,2% referiram falta de orgasmo. Ou seja, é bastante frequente. Em cada 10  mulheres, quase 3 tem problemas de anorgasmia. Tem outro aspecto: algumas mulheres se julgam anorgásmicas, mas de fato não são. Isso acontece porque muitas criam uma concepção fantasiosa de orgasmo, como algo supra-humano, que vão ouvir sininhos, ver coisas coloridas, algo fantástico, tudo muito fantasioso. Na verdade o orgasmo é muito rápido, algo em torno de 8 a 12 segundos.  A mulher sente que o orgasmo se aproxima, mas quando ele está quase ocorrendo ela começa a pensar, se desvanece e se afasta….

“Qual a melhor posição para alcançar o orgasmo?” –  Aquela em que se sentir mais confortável. O orgasmo depende de estimulação contínua, de preferência no clitóris. Busque a posição em que esse tipo de toque e carícia possa ser feito melhor.

“Será que tenho algum problema físico que atrapalha tudo?” –  Não é frequente, mas pode ser alguma coisa do organismo que impede de atingir o clímax. Dor na vagina da mulher durante a relação, ou na saída do sêmen no homem, pode ser infecção e isso “corta” a excitação e o orgasmo. Também alguns medicamentos, como anti-hipertensivos, tranquilizantes, e as drogas como cocaína e álcool em excesso. Nesses casos, um médico é importante para fazer o diagnóstico.

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“Sinto um ressecamento vaginal e não consigo chegar ao orgasmo. Uma coisa tem a ver com a outra?” Talvez sim. Ressecamento vaginal pode ser infecção ou falta de hormônios. Mas pode significar que não está se excitando durante a relação. Sem se estimular o suficiente não chegará ao orgasmo. O ideal é procurar um médico para descobrir a causa e tratá-la.

“Senti algo bem leve outro dia. Posso ter chegado ao clímax?” – Sim. Em alguns dias são mais fortes, outros mais fracos. O que determina a intensidade é a excitação: quanto mais tempo melhor. Tem que pensar também no parceiro, quanto mais habilidoso na estimulação e/ou apaixonamento e envolvimento, o orgasmo pode ser mais intenso.

“A idade interfere?” –  Não interfere na capacidade de ter ou não. Influencia na qualidade, pois na adolescência pode ser mais explosiva, mas com menos satisfação e muito passageira. Ao longo dos anos o corpo aprende a lidar para ser mais agradável.
 

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Depoimento                                                                                                                                                           

Um exemplo de depoimento de uma mulher 34 anos, empresária. “ Nunca tive orgasmo. Vivo me perguntando o que é que eu tenho de errado. Quando eu era adolescente sonhava em perder a virgindade. Esperei, esperei… e encontrei um namorado com quem valesse a pena. Só que ele gozou em dois minutos. E eu ? Fiquei lá… sem sentir nada. Todas transas foram assim. Cresci, namorei outros e o problema não desapareceu. Então perdi tesão pelo sexo. Casei, tomei coragem e fui procurar ajuda de terapeuta sexual. Imagina que descobri que podia me masturbar. Eu achava errado, nunca tinha experimentado. Levei muito tempo para vencer a barreira de tocar meu corpo, mas venci! É só ter um pouco de paciência e perseverança que se consegue chegar lá”

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