O caos instalado na Turquia após a tentativa militar fez dezenas de vítimas durante a noite e as primeiras horas deste sábado. Balanço divulgado pelas forças militares que apoiam o presidente Recep Tayyip Erdogan cita que quase 200 pessoas morreram, sendo 104 acusados de apoiar o golpe, 47 civis, 41 policiais e dois soldados do Exército que não apoiaram o golpe. Mais de 1.500 foram presos e mais de 1.000 ficaram feridos.
O conflito entre um grupo de militares que apoia o golpe e forças leais ao governo Erdogan continuou durante toda a madrugada e, apesar de o governo reivindicar vitória sobre os golpistas, há relatos de conflitos no início desta manhã de sábado em algumas áreas, segundo informações da imprensa local.
Durante a madrugada, a imprensa turca citou que explosões foram ouvidas no Parlamento turco. O edifício teria sido alvo de bombas. Um porta-voz do grupo militar que apoia o presidente Erdogan informou que alguns soldados que apoiaram o golpe teriam feito alguns comandantes reféns e nem todos teriam sido liberados até o início da manhã deste sábado no horário de Brasília.
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A tentativa de golpe aconteceu na noite desta sexta-feira, 15, quando um grupo de militares fechou duas pontes sobre o Estreito de Bósforo, o braço que liga as águas do Mar Negro e do Mar de Mármara e também separa regiões de Istambul entre o continente europeu e asiático. Após a interrupção do trânsito, tropas saíram às ruas e jatos militares começaram a sobrevoar Ancara. O grupo que liderou o golpe diz que a ação tem como objetivo “garantir a restauração da ordem, democracia direitos humanos e liberdades”.