Um funcionário do aeroporto de Zaventem, em Bruxelas, virou símbolo de solidariedade por ter salvo sete pessoas feridas nas explosões que atingiram a capital belga na última terça-feira, 22.
Nas redes sociais circulam fotos de Alphonse Lyoura com seu uniforme de trabalho fosforescente manchado de sangue e carregando indivíduos desacordados. Ele estava cumprindo suas funções normalmente quando estourou a primeira bomba. Dois minutos depois, explodiu a segunda.
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Naquele ponto, a cena era dantesca: corpos machucados, pernas decepadas e gritos de horror. Em vez de fugir, como seria totalmente compreensível, Lyoura se dirigiu ao lugar dos ataques e socorreu pessoas que, se tivessem sido largadas à própria sorte, talvez não sobrevivessem.
“Socorri sete pessoas, vi corpos inertes no chão, alguns cobertos de sangue, e pessoas em pânico total”, contou o funcionário à imprensa belga. “Um homem tinha perdido as duas pernas, e ao lado dele havia um policial com um braço mutilado”, acrescentou.
Ainda chocado com os atentados, ele disse ter ouvido gritos em árabe antes das duas detonações. Ao lado da explosão no metrô de Bruxelas, o ataque ao aeroporto matou 31 pessoas e deixou mais de 300 feridas.
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