Nesta terça-feira, dia 04, estudantes de graduação e ensino médio tiveram grandes desafios científicos e tecnológicos e colocaram em prática o conhecimento adquirido em sala de aula e por meio da pesquisa. Promovido pela Univates, o Technology Day, em sua quarta edição, contou com a participação de 250 estudantes e 30 professores envolvidos nas 3 competições que fazem parte do evento: o VIII Campeonato de Robótica, a IV Competição de Pontes de Espaguete e o IV Desafio de Desenvolvimento de Produto.

A atividade, desenvolvida pelo projeto de extensão da Univates Tecnologias Multidisciplinares Aplicadas (Tema) e integrante do 10º Congresso de Ciência e Tecnologia do Vale do Taquari (CCTEC), também teve a participação de familiares, amigos e colegas dos competidores.

Torcendo pela filha Júlia, que cursa o segundo ano do ensino médio no Colégio Mellinho, os pais corujas Ana Paula Weiand dos Santos e João Rosalino dos Santos incentivaram a filha a participar do evento. “É o segundo ano que ela participa. Este é um diferencial muito importante da Univates pois os jovens são muito novos para decidir a profissão que seguirão a vida toda. Participar de eventos como este que a Univates promove permite aos alunos conhecerem os cursos e ajuda na escolha correta”, comenta José. Júlia participou do Campeonato de Robótica, exclusiva para estudantes de ensino médio.

Após participar de um dia de oficina na Univates, os estudantes receberam o kit Mindstorms da Lego. Tiveram de montar robôs e programá-los. Os protótipos participaram de confrontos uns com os outros, em sucessivas rodadas, até a definição do vencedor. A iniciativa busca divulgar o uso da robótica para escolas e desenvolver habilidades nas práticas de manuseio de peças e de raciocínio lógico.

Já na IV Competição de Pontes de Espaguete, os estudantes dos cursos de Engenharia Civil e de Arquitetura aplicam conhecimentos científicos — conceitos de física, resistência dos materiais e sistemas estruturais — para construir pontes usando espaguete (massa comestível crua) e cola. As pontes podem ter no máximo 900 gramas e vence a que suportar mais peso.

Para Mariel Duarte, do 6º semestre de Engenharia Civil, o desafio pôs em prova os conhecimentos adquiridos. “Foi desafiador. Não tínhamos ideia de como começar e ao longo do projeto conseguimos perceber vários erros que cometemos. A forma como inserimos dados no software que mede os pontos de maior pressão na ponte foi nosso maior aprendizado. É um momento muito bom, de colocar em prática os conhecimentos da sala de aula”, completa Mariel.

Já no Desafio de Desenvolvimento de Produto, estudantes de graduação e ensino médio, em equipes mistas, foram desafiados a desenvolverem um carrinho de mão feito apenas com papelão, cola e grampos, com peso máximo de 8Kg. Além de suportar 100Kg no teste estático, o carrinho precisava percorrer um circuito repleto de obstáculos carregando um passageiro de 60Kg. O menor tempo vencia a competição.

Conforme Lucas Civardi, do 8º semestre de Engenharia de Produção, além da integração entre os cursos, o evento oportunizou vivenciar uma experiência próxima à realidade do mercado de trabalho: “assim como nas indústrias, os projetos precisam de planejamento, testes, ajustes, novos testes. E é isso que aconteceu com a construção do carrinho. Para ele conseguir suportar o peso e resistir aos obstáculos foi exigido muito esforço da equipe”, compara.