Os professores e funcionários da rede estadual de ensino que estavam em greve desde 16 de maio decidiram, ontem, suspender o movimento. Na segunda-feira, eles retornarão às salas de aula. Em assembleia realizada em Porto Alegre, a maioria dos grevistas resolveu aceitar a proposta final do governo do Estado e continuar a mobilização em busca de abertura de um canal para negociar salário.
Na avaliação da presidente do Cpers/Sindicato, Helenir Aguiar Schürer, a luta da categoria conseguiu evitar que os educadores da rede estadual tivessem perdas. “Agora é continuar, não em greve, mas em movimento de pressão para podermos estabelecer uma mesa para discutir salário”, ressaltou. Apesar de parte da categoria não ter aderido ao movimento por descrença na possibilidade de ser obtido resultado positivo, a paralisação dos educadores e funcionários de escola do Estado durou 53 dias. “Foi a mais longa dos últimos 25 anos.”
Helenir destaca que houve adesão pequena em alguns lugares e muito forte em outros, como ocorreu em Santa Maria, onde afirma que foi de 90%. Mas com o passar do tempo e depois da desocupação do Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAFF), alguns recuaram. Mesmo assim, diz que boa parcela da categoria ainda segurou a greve e esses dias a mais foram muito importantes para garantir uma melhor redação da proposta do governo e o comprometimento desse em também não penalizar outros movimentos, como o dos estudantes.
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