Os trabalhadores dos Correios decidiram adiar a greve programada para começar na noite de quarta-feira. A decisão atendeu a um pedido do vice-presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Renato de Lacerda Paiva, que solicitou mais prazo para mediar uma proposta entre a empresa e os trabalhadores.
Durante a audiência no TST, o acordo coletivo da categoria, que expiraria na quarta-feira, foi prorrogado até 31 de agosto. Os funcionários estão insatisfeitos com a proposta de reajuste salarial oferecida pela empresa, de 0,8%. O percentual é menor do que os 3,1% da inflação acumulada em 12 meses pelo Índice de Preços ao Consumidor (INPC). A categoria protesta quanto ao plano de revogação do acordo coletivo.
Entre as cláusulas estão a exclusão do vale-cultura, a redução do adicional de férias de 70% para 33% e o aumento da mensalidade do convênio médico e da coparticipação em tratamentos de saúde. A exclusão dos pais de planos de saúde também é um ponto sensível na negociação. Em nota, os Correios informaram que mantêm as negociações para a assinatura de novo acordo coletivo com a categoria, mediado pelo TST.
Publicidade