A ex-governadora do Rio Grande do Sul Yeda Crusius (PSDB) foi condenada por improbidade administrativa pela 3ª Vara Federal de Santa Maria nessa sexta-feira, 7. O processo movido pelo Ministério Público Federal refere-se às fraudes em contratos do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) que foram descobertas pela Operação Rodin em 2007.
As conclusões foram de que Yeda sabia das fraudes, deixou de adotar providências para apurá-las e ainda agiu para mantê-las. A investigação apontou que ela se beneficiou com o esquema, utilizando recursos desviados para o pagamento de um imóvel. Além disso, interferiu para tentar sabotar os trabalhos da CPI instalada na Assembleia Legislativa. A sentença prevê ressarcimento ao erário público, multa e suspensão dos direitos políticos.
Operação Rodin
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Deflagrada pela Polícia Federal em novembro de 2007, a Operação Rodin investigou irregularidades ocorridas entre os anos de 2003 e 2007 envolvendo a realização de exames teóricos e práticos para a expedição da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A fraude ocorreu com desvio de verbas em contratos firmados com a Fundação de Apoio à Tecnologia e à Ciência (Fatec) e a Fundação Educacional e Cultural para o Desenvolvimento e Aperfeiçoamento da Educação e da Cultura (FUNDAE), ambas vinculadas à Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).