O governo do Afeganistão confirmou neste sábado, 3, que as forças americanas bombardearam durante a última madrugada um hospital da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) na cidade de Kunduz, no norte do país, onde ao menos 19 pessoas morreram e outras 37 ficaram feridas.
Entre os mortos estavam 12 membros da organização, quatro pacientes adultos e três crianças. A MSF disse que as vítimas mais graves foram transferidas para um hospital regional em Puli Khumri, a cerca de duas horas de distância.
De acordo com o porta-voz do Ministério da Saúde do Afeganistão, Wahidullah Mayar, o centro de saúde ficou “destruído quase em sua totalidade pelo fogo causado após o bombardeio dos EUA”. Já o porta-voz das tropas americanas no Afeganistão, coronel Brian Tribus, reconheceu que um bombardeio dos EUA em Kunduz poderia “ter causado danos colaterais em uma instalação médica próxima”, mas não entrou em detalhes ao acrescentar que o “incidente” estava “sob investigação”.
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Na última segunda-feira, 27, os talibãs atacaram e tomaram Kunduz, uma cidade estratégica para as comunicações no norte do país, sua conquista mais importante desde que foram removidos do poder durante a invasão de americanos e aliados em 2001. As tropas afegãs declararam que retomaram a cidade na quarta-feira, 30, em um contra-ataque que contou com apoio aéreo dos Estados Unidos, mas, desde então, os confrontos continuam na cidade.
INVESTIGAÇÃO EM ANDAMENTO
Algumas horas após o ataque, o secretário de Defesa dos EUA, Ash Carter, disse que já há uma investigação em andamento para esclarecer o motivo do bombardeio. “Enquanto nós ainda estamos tentando determinar exatamente o que aconteceu, eu quero estender meus pensamentos e orações a todos os afetados. Uma investigação completa desse trágico acidente já está em curso, em coordenação com o governo afegão”, afirmou.
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