O jornal americano The Washington Post publicou reportagem neste domingo, 6, que informa que o escritor colombiano Gabriel García Márquez foi espionado pelo FBI, a polícia federal norte-americana, durante 24 anos.
Segundo o WP, Márquez começou a ser investigado em 1961, quando, aos 33 anos de idade, chegou a Nova York com a mulher e o filho para estabelecer-se como escritor. A família ficaria um mês no hotel Webster. O escritor não imaginava que estava sendo observado pelo FBI.
O chefe do FBI, John Edgar Hoover, que dirigiu o órgão por 48 anos, abriu um dossiê confidencial sobre o escritor naquele ano. O arquivo recebeu informações sobre Márquez durante 24 anos, mesmo após o escritor ter-se tornado amigo íntimo de líderes mundiais e ter sido premiado com o Nobel de Literatura, em 1982.
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Segundo o jornal americano, não são claras as razões que levaram o FBI a vigiar o colombiano. Mas García Márquez havia acabado de viajar aos Estados Unidos para ajudar a estabelecer um serviço de notícias do governo cubano.
Anos depois, o escritor se tornaria apoiador de políticas de esquerda e amigo do ex-ditador cubano Fidel Castro. O FBI chegou a se confundir com seu nome, produzindo informações sob o nome “José” García Márquez.
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