O Ministério da Defesa da Hungria anunciou neste sábado, 29, a conclusão da barreira de arame farpado destinada a impedir a entrada de milhares de migrantes concentrados junto à fronteira com a Síria. A primeira parte da barreira fronteiriça já havia sido concluída dois dias antes.
Composta por três espirais sobrepostas de arame farpado ao longo dos 175 quilômetros da fronteira com a Sérvia, a barreira não tem sido suficiente para impedir a entrada de migrantes, conforme vem sendo noticiado pela imprensa.
Para dificultar a entrada ilegal em seu território, o Ministério da Defesa húngaro informou que, para completar a obra, o Exército já iniciou a construção de um muro de 4 metros de altura. Para sua conclusão, serão necessários ainda “vários meses de trabalho”, segundo as autoridades locais.
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Apresentado pelo primeiro-ministro popular, Viktor Orban, o projeto recebeu o apoio da maioria do Parlamento húngaro no dia 6 de junho. A construção dessa barreira anti-imigrantes – semelhante a outras erguidas pela Grécia, pela Bulgária e pela Espanha nas fronteiras exteriores da União Europeia – foi contestada pela Sérvia.
Nos dois últimos anos, a Hungria tornou-se um dos principais países de trânsito na União Europeia, com migrantes tentando chegar à Áustria ou à Alemanha. A maioria dos migrantes vem do Iraque, do Afeganistão, da Síria e de Kosovo. Esta semana, cerca de 10 mil migrantes atravessaram a fronteira entre a Hungria e a Sérvia.
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