O setor público encerrou o mês de julho com deficit primário de R$ 10 bilhões, o que elevou o rombo acumulado em 12 meses para R$ 51 bilhões, o equivalente a 0,89% do PIB. Estados e municípios, que tinham apresentado saldo positivo em suas contas nos últimos três meses, fecharam julho com um deficit de R$ 3,2 bilhões. Em julho do ano passado, o resultado havia sido negativo em R$ 2,2 bilhões.
O governo tem como meta fechar o ano com uma economia para o pagamento de juros equivalente a 0,15% do PIB. Além de não ter conseguido economizar receitas no mês passado, o setor público também viu suas despesas com juros darem um salto. A conta somou R$ 63 bilhões, mais que o dobro registrado há um ano, alavancada por perdas do Banco Central em operações em que oferece proteção ao mercado contra a variação do câmbio.
A combinação desses fatores resultou em um deficit nominal, que considera as despesas com juros, de 8,8% do PIB no acumulado em 12 meses, também o mais elevado da série. A dívida pública, por outro lado, aumentou para 64,6% do PIB, contra 63,2% do PIB em junho.
Publicidade