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Estados Unidos

Suspeito de matar jornalistas morre em hospital

O suspeito de ter matado os jornalistas Alison Parker e Adam Ward, identificado como Vester Lee Flanigan, morreu na tarde desta quarta-feira, 26, em um hospital americano. De acordo com o site G1, o homem teria morrido por volta das 13h30, no Hospital Fairfax, no norte da Virgina. 

Flanigan teria atirado em si mesmo enquanto era perseguido e foi encaminhado para o hospital em uma ambulância. Ele era um ex-funcionário da emissora de televisão a qual Alisson e Ward trabalhavam. Ele registrou o disparo e postou o vídeo em sua conta no Twitter. Segundo ele escreveu na rede social, Alison Parker havia feito comentários racistas e Adam Ward fez uma reclamação contra ele no setor de recursos humanos do canal e esses fatores motivaram o homicídio.  

Nas imagens, filmadas com o celular na vertical na mão esquerda, ele se aproxima dos dois jornalistas e da entrevistada. Em seguida, saca a pistola com a mão direita e começa a disparar contra as vítimas. Enquanto atira, ele abaixa o celular, as imagens ficam tremidas e não é possível ver os jornalistas sendo atingidos.A página no microblog foi apagada após o vídeo ser divulgado pela imprensa.

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Outras páginas atribuídas a Flanagan nas redes sociais mostram a preparação do crime. Na semana passada, uma página do Facebook em seu nome foi atualizada com um vídeo mostrando seu trabalho e outro em uma loja de armas.

Infeliz

Antes de chegar ao canal, o jornalista havia trabalhado usando o nome de Bryce Williams em canais em San Francisco, na Califórnia, e em canais menores nos Estados da Flórida, da Carolina do Norte, do Texas e da Geórgia. Em 2000, enquanto trabalhava em uma afiliada da rede de televisão NBC em Tallahassee, na Flórida, ele entrou com um processo contra a emissora por racismo, pedindo mais de US$ 75 mil de indenização.

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No processo, ele alegou ter sido chamado de “macaco” por um produtor branco em 1999 e recebido xingamentos racistas de outros funcionários. O processo chegou a passar pela Justiça Federal na Flórida, mas foi arquivado em 2001. O gerente do canal, Jeff Marks, descreveu o apresentador como um homem infeliz. “Nós o contratamos como repórter, e ele tinha algum talento e experiência, muito embora estivesse fora das telas por um tempo.”

Segundo o representante, o jornalista ganhou a reputação de ser uma pessoa difícil de trabalhar. “Após alguns ataques de raiva que ele teve, nós o demitimos. Ele não aceitou a saída e tivemos que pedir aos seguranças que o tirassem do prédio”. Marks afirma que as denúncias de discriminação racial feitas por Flanigan contra a empresa “não puderam ser confirmadas por ninguém, por isso pensamos que foram forjadas”.

Assita o vídeo que foi ao ar pela emissora de televisão:

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