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Rio Grande do Sul

Servidores estaduais encerram greve geral e ameaçam nova paralisação

A greve geral de três dias dos servidores estaduais do Rio Grande do Sul chegou ao fim com ameaças de uma nova paralisação. O temor dos funcionários públicos do Estado é que o salário de agosto seja parcelado, como ocorrido em julho. Ao todo, 43 entidades sindicais aguardam o próximo dia 31. Caso os salários não sejam pagos integralmente até o último dia do mês, como previsto em lei, os servidores prometem uma nova greve de 72 horas a partir de 1° de setembro.

No mês passado, o governo pagou em dia somente os funcionários que ganham até R$ 2.150. A terceira parcela dos demais, no entanto, foi antecipada e paga junto com a segunda para evitar uma intervenção federal no Rio Grande do Sul, já que o governo descumpriu uma ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).

As aulas nas cerca de 3 mil escolas estaduais voltam ao normal na segunda-feira, 24  – a adesão à greve foi de 95%, segundo o Cepers, sindicato dos professores. Já o Ugeirm, sindicato dos policiais civis, afirma que apenas as ocorrências graves foram atendidas. A Brigada Militar, proibida por lei de fazer greve, adotou uma operação-padrão.

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A Abamf, que representa PMs, diz que a redução do policiamento nas ruas foi de 20%. O governo diz que nada mudou. Os grevistas terão desconto no salário dos dias não trabalhados, mas o governo ainda não contabilizou quantos servidores serão punidos. “Presença será presença, e falta será falta”, disse o governador José Ivo Sartori (PMDB) na terça-feira, 18.  Para o advogado Luís Alberto Bergamaschi, assessor jurídico do sindicato dos policias civis, o corte é ilegal. “O desconto fere o direito constitucional à greve porque obriga o funcionário a voltar ao trabalho”, diz.

Apesar de ser o quarto Estado mais rico do país e de ter bons indicadores sociais, o Rio Grande do Sul há anos tem alguns dos piores números das finanças públicas. É o Estado mais endividado, está na lanterna no ranking de investimentos e permanece entre os líderes de gastos com pessoal no país.

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