No dia que Robert Scheidt se despediu dos Jogos Pan-Americanos com uma medalha de prata na classe Laser (sua quinta na história), a prancha à vela brilhou com o tetracampeonato de Ricardo Winicki, o Bimba, e com o ouro de Patricia Freitas. “Agora o objetivo é o penta no Pan. Mas ainda falta o pódio olímpico para mim”, diz Bimba, que já foi campeão do mundo em 2007. Ele entrou na medal race da RS:X precisando apenas completar a prova para conquistar seu quarto ouro dos Jogos Pan-Americanos. Ganhou também em Santo Domingo (2004), Rio (2007) e Guadalajara (2011). Agora em Toronto, venceu seis regatas e ficou entre os três primeiros em 12 das 14. O velejador tem ainda no currículo uma prata no Pan de Winnipeg, em 1999.
Com o ouro garantido no Canadá, ele entrou na medal race com tranquilidade, chegou na terceira posição e vibrou com mais um título do Pan. Agora Bimba volta seu foco para a preparação para os Jogos de 2016, no Rio, onde tentará sua primeira medalha olímpica. “Quanto mais a gente ganha, mais quer ganhar”, diz o velejador, que já está convocado para a Olimpíada, uma vez que faltam concorrentes para ele no País.
O mesmo vale para Patricia, que entrou com boa vantagem na medal race da RS:X Feminina. Ela havia chegado na frente em nove regatas, em segundo lugar em três e em uma oportunidade ficou na quarta posição. Sua maior adversária era a mexicana Demita Vega. Mas a brasileira chegou na frente na medal race e conseguiu repetir a medalha que obteve no Pan anterior, em Guadalajara.
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Aos 25 anos, ela quer embalar para a disputa dos Jogos do Rio. “O objetivo é disputar o ouro. Eu velejo na Baía de Guanabara há muitos anos e conheço o local como a palma da minha mão. Sei também que é uma raia que dá muito trabalho para os gringos”, explica a atleta, feliz da vida com mais um ouro. “Essa era uma etapa importante até os Jogos do Rio. E venci. Agora vamos meta por meta.”