Não é apenas o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan, que busca promover mudanças no futebol brasileiro. O escândalo na Fifa, que resultou na prisão do ex presidente da CBF José Maria Marin, motivou Vitorio Piffero, mandatário do Internacional, a defender uma nova etapa para o esporte mais popular do País. Mas diferente do dirigente Tricolor, que tem como seus principais pedidos a volta do mata-mata para o Brasileirão e a venda de cerveja nos estádios, Piffero propõem que os clubes se organizem para a recriação do Clube dos 13, pois acredita que apenas assim haverá a possibilidade de uma liga independente da entidade envolvida nas investigações do FBI.
“Sou favorável a uma retomada do Clube dos 13. Se for o caso dessa nova liga criar os seus campeonato, por que não? Tem que fazer a coisa de uma forma profissional. Não adianta começar a fazer e fazer errado. A nossa experiência não é essa”, afirmou o presidente colorado em entrevista à ESPN Brasil. O Clube dos 13 foi formado em 1987, em Porto Alegre, para defender os interesses políticos e comerciais dos 13 supostos principais clubes de futebol do Brasil. Um racha em 2011 deu fim a entidade.
Independente da criação de uma liga, Piffero defende que seja feita a redistribuição da verba dos direitos de televisão. Para o dirigente, devem ser criadas três faixas diferentes, uma por tamanho de torcida, outra por colocação no campeonato e a terceira de forma igualitária, semelhante ao que ocorre na Inglaterra. “Isso começa por uma redistribuição dos valores de televisão. Não podemos ter essa diferenças tão grandes como existem hoje”, disse.
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Na próxima segunda-feira, o presidente da CBF Marco Polo Del Nero se reunirá com os presidentes dos clubes da Série A do Brasileirão. A reunião extraordinária foi convocada pelo mandatário da entidade, que não informou aos dirigentes o assunto que será tratado no encontro.
É contra proposta de Bolzan
Vitorio Piffero também foi questionado sobre a possibilidade de mudança na fórmula do Brasileirão. O presidente do Inter, diferente do que defende Romildo Bolzan, é favorável a manutenção do sistema de pontos corridos. “Mata-mata já tem na Copa do Brasil. O Brasileirão é o único campeonato do Brasil de pontos corridos. Os regionais também têm mata-mata. Apenas o Brasileirão é de pontos corridos. Mudar esse por quê?”, apontou.
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