Único adversário de Joseph Blatter na eleição para a presidência da Fifa na última sexta-feira, 29 o príncipe da Jordânia, Ali Bin Al Hussein, confirmou nesta terça, 2, por meio de seu estafe, que vai concorrer novamente ao cargo logo após o atual mandatário renunciar à presidência. Diante do maior escândalo da história do futebol mundial, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, anunciou nesta terça, 2, que vai deixar o cargo, ocupado por ele há 17 anos, por não se sentir apoiado pelo mundo do futebol.
O suíço continuará à frente da entidade até que um novo pleito seja realizado – a previsão é que isso ocorra entre dezembro deste ano e março de 2016, de acordo com a Fifa. “Em caso de novas eleições, o príncipe Ali está pronto”, disse à agência AFP Salah Sabra, vice-presidente da Federação Jordaniana de Futebol, entidade presidida por Ali. Na eleição realizada na sexta, Blatter venceu após o príncipe desistir de participar do segundo turno. Na primeira votação, obteve 133 votos entre 209 federações.
Pelas regras, como nenhum dos dois candidatos atingiu dois terços dos votos, haveria a necessidade de um segundo turno, quando então se exige apenas maioria simples. Com os 133 votos, Blatter já tinha, em tese, essa maioria. O príncipe, que conquistou 73 votos, abriu mão da disputa. Três votos foram nulos. O ex-jogador português Luís Figo e o holandês Michael van Praag chegaram a se candidatar ao cargo de presidente da Fifa, mas desistiram dias antes da eleição.
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Renúncia
O pronunciamento de Blatter aconteceu em meio a um clima de tensão na sede da Fifa. A princípio ele concederia uma entrevista ao lado de Walter de Gregorio, diretor de comunicação, e Domenico Scala, diretor do comitê de auditoria e conformidade da Fifa. Mas, momentos antes do início da entrevista, Fifa mudou os planos e retirou os nomes de Blatter e de Scala da mesa de entrevista. Ambos apenas fizeram um pronunciamento e não permitiram perguntas.