Para homenagear o Dia do Professor, a Globo antecipa o horário de exibição de Segunda Chamada, que entra no ar, nesta terça-feira, 15, logo após A Dona do Pedaço. Escrito por Carla Faour e Julia Spadaccini, a série tem tudo a ver com a data, pois mostra o cotidiano das aulas noturnas na Escola Estadual Carolina Maria de Jesus.
Com direção artística de Joana Jabace, e com uma possível segunda temporada já aventada, o elenco traz nomes como Débora Bloch, Hermila Guedes, Thalita Carauta, Silvio Guindane, Carol Duarte, Linn da Quebrada, Otávio Müller, Marcos Winter, José Dumont e Caio Blat. Entre tantos nomes, tem também o de Paulo Gorgulho, que falou com a reportagem sobre como está sendo viver o diretor da escola e a importância do seriado, que aborda questões essenciais para a sociedade.
O ator conta que tem boas referências para interpretar o papel, que tem de lidar com os mais diversos obstáculos do ensino público para adultos. Afinal, Gorgulho é casado com Vânia Gnaspini, que trabalha como diretora de uma unidade educacional dentro de uma comunidade. “Faço laboratório todos os dias há mais de 30 anos. É uma realidade bem próxima de mim”, revela o ator, que também chegou a dar aulas no horário noturno. Daí, a sua ligação com o tema ser ainda mais próxima.
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Para o ator, a educação é um tema que nunca deveria sair da agenda, que deveria estar sempre nas mesas de discussões. “Independente de quem estiver no comando, a educação é formadora da cultura de um povo, estimulando nosso sentido de nação. Ela permite que o ser humano pense e tenha opinião, saiba discutir”, afirma Gorgulho. Para ele, o ensino é primordial para o desenvolvimento de um ser humano. “Com educação é difícil, sem ela é impossível”, diz o ator, que enfatiza que é com ela que saberemos entender a cultura.
“Acho que a série vem num momento importante, para que a gente faça um retrato mais próximo possível da realidade, mostrando a situação da educação no País”, afirma o ator. Nela, está uma realidade que foge aos olhos de uma parcela da população, que não tem ideia de como funciona o ensino público no País. Daí, o ator afirmar que a produção tem essa função, de revelação, de conscientização sobre essa realidade vivenciadas pelos estudantes.
“Além disso, levanta discussões importantes, como questão de gênero, de raça, e a situação da mulher”, finaliza.
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