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Blog Falando em Dinheiro

Apesar de tudo, um feliz e próspero ano de 2017!

Quando chega o final de um ano, a impressão que se tem é que o tempo  passou “voando”. Neste ano de 2016, então, foram tantos os assuntos e acontecimentos  que, muitas vezes, se sobrepunham, não dando tempo de assimilarmos ou digerirmos algum fato porque,  logo em seguida, surgia outro. Não foi só a crise econômica e política que tomou conta do Brasil, mas, também, a crise moral que, talvez, seja a pior por ser mãe ou pai de todas as outras e atinge, em maior ou menor grau, indiscriminadamente a todos os poderes e à população, em geral. Só a  Lava Jato que, a cada nova operação, com prisões, depoimentos e delações, tem revelado a corrupção institucionalizada que envolve grandes empresas, políticos e, talvez, pessoas do judiciário, também. No caso da Odebrecht, por exemplo, o  Finantial Times escreveu que trata-se da maior máquina de propina, jamais conhecida, no mundo!

Apesar da crise, da corrupção escancarada, das tragédias, das ações violentas provocadas por radicais de tudo que é espécie e natureza, pipocadas durante o ano, em várias partes do mundo, toda virada de ano, independente de qualquer coisa, não deixa de ter festas com familiares, amigos, colegas, vizinhos; a contagem regressiva, o tintim dos espumantes e a velha e sempre repetida canção “Adeus ano velho, feliz ano novo…”; cumprimentos, abraços, beijos, sorrisos. Eventualmente, alguém faz uma pequena oração ou reflexão; alguns com um ou dois olhos na tv, acompanhando os shows da virada em vários locais do país e do mundo, onde milhões de pessoas participam da queima de toneladas de fogos de artifício, em espetáculos pirotécnicos cada vez mais incrementados. É a passagem, tão esperada e tão festejada, para o novo ano.

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Na virada do ano, também, vale tudo para desejar mais paz, saúde, felicidade, dinheiro,  prosperidade. Afinal, quem não sonha com muito dinheiro no bolso e saúde para dar e vender? Muita gente se veste com roupas de cores especiais, dependendo do desejo, come lentilhas e grãos de uva ou romã; vai à praia onde acende velas, joga flores no mar, pula sete ondas, faz pedidos, reza. Tudo com a intenção de viver um ano melhor, maravilhoso. Mesmo realizando alguma simpatia, a maioria das pessoas  – 73%, de acordo com pesquisa online do MSN – considera isso pura superstição. O  que vale mesmo não são as sete ondas, as roupas de cores especiais ou as sementes de uva ou romã, mas o foco, alimentado pelo poder da intenção. É a decisão de fazer algo para eliminar coisas desagradáveis e trabalhar com determinação para alcançar resultados desejados.

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Para auxiliar as pessoas que, nesta época, começam o ano novo com boas intenções e esperanças, fazendo promessas de tudo que é espécie, mas que geralmente não se sustentam, o especialista em tempo e produtividade, Cristian Barbosa, fez um vídeo em que sugere cinco etapas ou passos para um plano de ano novo que, aliás, pode ser observado em qualquer momento da vida: 1) relacionar o que é importante: nas finanças pessoais, saúde, viagens, competências, cursos; 2) selecionar as ideias: levar em conta o equilíbrio e os resultados; 3) quebrar os objetivos em pequenos pedaços; 4) criar tarefas periódicas de acompanhamento; 5) usar agenda.

O ano de 2016 foi marcado não apenas pela interminável crise econômica e frequentes sobressaltos na política, mas, também, na área das finanças pessoais, pelo aumento de pessoas interessadas em Educação Financeira. Talvez seja  consequência  de  uma crise que já dura quatro anos consecutivos. Está aí a situação de 60% das famílias brasileiras que se encontram endividadas, uma grande parcela delas inadimplentes, quer dizer, não conseguem mais pagar suas contas. Preocupado com isso e, também, com a falta de dinheiro em circulação, o governo federal autorizou o saque do saldo de contas inativas do FGTS. 

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Apesar da aparente boa intenção,  a utilização do FGTS pode resolver um problema momentâneo – liquidar uma dívida -, mas, no longo prazo,  a situação pode ficar pior porque a pessoa não se questionou porque está endividada ou inadimplente. Claro, podem ter ocorrido causas alheias a sua vontade  – perda do emprego ou do negócio, por exemplo -; entretanto, se a pessoa não realizou uma mudança comportamental a fim de eliminar costumes e hábitos que levam ao consumismo não planejado e descontrolado, o que está ruim pode ficar pior e, aí, não existe mais a reserva do saldo do FGTS para resolver a situação.

Para fazer um ano diferente, obviamente melhor, em todas as áreas da vida, deve-se fazer coisas diferentes. É loucura fazer sempre as mesmas coisas e esperar resultados diferentes. Nas finanças, é assim, também. Quem acompanha o blog, já leu várias vezes sobre a metodologia DSOP para mudar a forma de como lidar com seu dinheiro. 

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A metodologia DSOP , criada por Reinaldo Domingos – doutor em educação financeira, autor de livros, palestrante, entre outras atividades – é baseada em quatro pilares:

  •  1º) Diagnosticar: saber quanto entra de dinheiro, onde é gasto e quanto deve; durante 30 dias anotar todas as saídas, de qualquer valor (quem não tem renda fixa, deve  fazer essas anotações durante 90 dias); com esse levantamento,   é possível eliminar desperdícios, reduzir ou eliminar supérfluos e otimizar gastos;
  • 2º) Sonhar: os sonhos tem a capacidade de motivar as pessoas, fazendo-as focarem num objetivo e se esforçarem para realizá-lo; existem “n” possibilidades de sonhos, desde a casa própria, o carro, a viagem, o casamento, o nascimento dos filhos,  até livrar-se de dívidas; é recomendável ter sonhos de curto prazo (até 1 ano), de médio prazo (de 1 a 10 anos) e de longo prazo (mais de 10 anos);
  • 3º) Orçar: ao invés de fazer o tradicional Ganhos (-) Gastos = Sobra/Falta, praticar o  novo orçamento financeiro que  prioriza os sonhos: Ganhos (-) Sonhos (-) Gastos;  
  • 4º) Poupar:  efetuado o diagnóstico, definido o valor dos sonhos e adequado o orçamento para a sua realização, é hora de poupar e investir o dinheiro.

Na virada do ano, não adianta usar cueca ou calcinha amarela para ter mais prosperidade, se gasta tudo e mais um pouco; guardar semente de romã na carteira, se não consegue poupar; ou pular sete ondas do mar se não corta gastos desnecessários ou desperdícios. Listinhas de metas de início de ano, inclusive as financeiras, já sabemos que, na prática, não funcionam  porque, geralmente, não são pensadas nem planejadas. O movimento em direção à mudança, em geral, é difícil. É preciso sair da zona de conforto, quebrar hábitos. O primeiro passo é o mais importante para alcançar uma meta financeira. 

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Como diz o provérbio chinês: “uma jornada de mil milhas começa com um simples passo”. Depois, ao olhar para trás, a pessoa percebe que tudo aquilo era tão simples, dependia  apenas de iniciativa.

Boas Festas e  próspero Ano Novo!

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