A cultura do feijão no Rio Grande do Sul se encontra em fases de semeadura, germinação, desenvolvimento e floração. Em algumas áreas já instaladas, o desenvolvimento é mais lento, em especial nas lavouras que registraram fortes chuvas e noites frias. Mesmo assim, apresentam bom aspecto e sanidade. De acordo com Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar divulgado esta semana, em São Lourenço do Sul estão semeados 90% da área prevista com feijão. Em Canguçu, 70% já foi implantado e em Pelotas foi concluída a semeadura esperada para esta safra. No Alto Uruguai, 100% da área foi semeada, sendo que 95% está em desenvolvimento vegetativo e 5% em floração. Nos Campos de Cima da Serra, as lavouras comerciais só serão implantadas em dezembro.
O desenvolvimento vegetativo do milho também é considerado qualificado, com boa população de plantas. As chuvas e as altas temperaturas aceleraram o crescimento da cultura nos últimos dias. Algumas lavouras estão entrando no período de floração, fato que atinge 1% do total semeado. As áreas atingidas pelo granizo recuperaram o potencial produtivo, em consequência dos fatores climáticos favoráveis após o evento. Para os produtores gaúchos, a expectativas de produtividade é grande.
Na soja, a maioria dos produtores aguarda o período ideal para plantio. As áreas implantadas apresentam boa germinação e emergência. No Estado, a área plantada atinge 9% do total projetado (5,5 milhões de hectares). O preço, estabilizado em R$ 67,31 a saca, é considerado baixo pelos produtores, que realizam pouca comercialização, aguardando a melhoria nas cotações.
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Nas lavouras de trigo, a queda de granizo, que ocasionou o acamamento em algumas regiões, como no entorno de Ijuí, não comprometeu a cultura. As lavouras que estavam prontas para a colheita no final de semana apresentaram queda de pH, baixando de 82 para 75 ou 76. As áreas em final de maturação não apresentam baixas significativas. Produtores apontam para produtividades de até 70 sacas por hectare. Quando as condições meteorológicas permitem o aporte de máquinas, a colheita avança e no momento atinge 22% do total plantado.
A cultura da cevada encontra-se nas últimas fases do ciclo, ou seja, em enchimento de grãos, maturação, pronta para ser colhida e em início de colheita. O potencial produtivo está entre 2.500 a 3.500 kg por hectare, de qualidade regular. Há muitas áreas de lavouras com grande perda de qualidade do produto final, não passando pelas exigências mínimas para processamento industrial e sendo destinada à alimentação animal. No Sul do estado, os produtores de cevada cervejeira estão otimistas com a possibilidade de uma boa colheita. Na região, foram semeados 960 hectares, com destaque para o município de Piratini, que semeou 800 hectares, a maior parte em enchimento dos grãos e maturação.
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