O dólar teve nesta quinta-feira, 18, sua sexta alta consecutiva ante o real, dando continuidade ao movimento de recomposição de posições compradas. A moeda americana chegou a cair pela manhã, mas ganhou fôlego e terminou o dia cotada a R$ 3,2381 no mercado à vista, com ganho de 1,02%.
O noticiário internacional foi mais extenso que o doméstico, com investidores repercutindo incertezas quanto à política monetária dos Estados Unidos e as condições econômicas na Europa. Ainda assim, o mercado brasileiro mostrou que o quadro fiscal persiste como importante preocupação, justificando uma postura mais cautelosa. Nesse contexto, a presença do Banco Central como comprador de moeda, agora com maior força, contribuiu para sustentar as cotações nos mercados à vista e futuro.
Em seis dias ininterruptos de alta, o dólar já ganhou 3,47% ante o real. A sequência coincide com a elevação da oferta diária de contratos de swap cambial reverso do Banco Central, iniciada no último dia 10, e declarações do presidente interino, Michel Temer, admitindo desconforto com a apreciação do câmbio.
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Também pelo sexto dia consecutivo, o BC vendeu 15 mil contratos de swap cambial reverso, no valor de US$ 750 milhões. A operação equivale à compra de dólares no mercado futuro.
No noticiário doméstico, o principal destaque foi a suspensão da votação da proposta de Emenda à Constituição que recria a Desvinculação de Receitas da União (DRU), marcada para a noite desta Quinta-feira.
A suspensão foi uma manobra do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) para evitar que o presidente em exercício, Michel Temer, sofresse sua primeira derrota no Senado em pouco mais de três meses de gestão interina.
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A greve dos servidores do Tesouro Nacional também indicou dificuldades para o governo. Em carta entregue nesta quinta-feira à secretária do Tesouro, Ana Paula Vescovi, coordenadores-gerais e coordenadores do Tesouro pediram que o governo atenda ao pleito dos servidores grevistas, que querem equiparação com ganhos dos auditores fiscais da Receita.