Já chega a cinco meses o atraso no repasse de recursos de programas específicos do Governo do Estado para as 245 Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Rio Grande do Sul. Desde dezembro de 2015 são R$ 36 milhões mensais que deixaram de ser encaminhados. O montante acumulado de R$ 180 milhões reduziu a estrutura hospitalar e tem prejudicado o atendimento aos gaúchos.
Em função disso, a Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Estado divulgou nesta quinta-feira, 9, um comunicado que relata a situação de crise das 245 instituições gaúchas. O objetivo é pressionar o governador José Ivo Sartori a buscar soluções para o momento.
Segundo o comunicado, a maior rede de hospitais do Rio Grande do Sul sofre com a falta de priorização dos gestores públicos. “O descaso maior não é com essas instituições seculares, é com a vida de milhares de gaúchos que dependem única e exclusivamente do SUS”, cita a nota.
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Uma pesquisa aplicada pela Federação das Santas Casas indicou que, de janeiro a maio deste ano, 35% dos hospitais já demitiram, 71% estão com honorários médicos atrasados, 43% estão com salários atrasados, 26% reduziram o número de internações e 21% diminuíram os atendimentos ambulatoriais. Apesar disso, não há nenhuma indicação por parte do Governo de quando esses valores serão repassados.
Ao todo são 17 programas contratados, executados e não pagos. Para o Hospital Santa Cruz (HSC), estes atrasos representam um total aproximado de R$ 1,7 milhão, ocasionando o atraso no pagamento, principalmente, a fornecedores e prestadores de serviços.
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