A presidente da República, Dilma Rousseff (PT), pediu ao Comitê Rio 2016 que a primeira pessoa a carregar a tocha olímpica no Brasil fosse uma mulher. A partir daí, pelo critério de escolher campeãs olímpicas para a honraria, foi mostrada uma lista com seis jogadoras de vôlei que conquistaram o ouro em Pequim 2008 e Londres 2012. Dilma então escolheu Fabiana, capitã do time de Zé Roberto Guimarães e que tentará levar o Brasil ao tricampeonato inédito em agosto.

A cerimônia de abertura do revezamento nacional do símbolo da Olimpíada é hoje em Brasília. Logo cedo, a chama chega à Capital Federal vinda de Genebra, na Suíça. Por volta das 10h30, Dilma acende uma tocha em uma pira montada próximo da rampa. Ela então passa o fogo para a tocha de Fabiana, que começa o percurso que contará com 12 mil condutores em todo o Brasil.

Fabiana vai descer a rampa do Palácio do Planalto e andar cerca de 300 metros, e aí inicia o revezamento, com a chama indo para o pesquisador Artur Ávila Cordeiro de Melo. Dentre os dez primeiros condutores estão nomes como os de Gabriel Medina, primeiro brasileiro campeão mundial de surfe na elite, a boxeadora Adriana Araújo, a jogadora de vôlei Paula Pequeno e o ex-maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima.

A presença da tocha olímpica no Brasil é a grande cartada dos organizadores para alavancar a venda de ingressos e ampliar a competição para além das fronteiras do Rio. Entre os 300 municípios do Brasil escolhidos para participar do ato que antecede os Jogos Olímpicos 2016 estará Santa Cruz do Sul, onde a flama será conduzida pelas ruas no dia 5 de julho, uma terça-feira.