Dados da Fundação de Economia e Estatística (FEE-RS) mostram que o fumo em folha foi o produto mais exportado pelo Rio Grande do Sul no primeiro trimestre de 2016. Carro chefe da economia do Vale do Rio Pardo, o tabaco responde por 9,8% de tudo o que foi comercializado pelo Estado para o exterior nesse período.
Os números divulgados essa semana mostram que, entre janeiro e março, foram embarcadas 70,3 mil toneladas de fumo. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o volume cresceu 15,2%.
O tabaco se destacou em um contexto de recuo nas vendas de produtos básicos e de manufaturados, que fizeram com que o Rio Grande do Sul perdesse duas posições no ranking nacional de exportações nos primeiros três meses do ano.
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“Esses números mostram que o fumo continua sendo um produto bastante importante para a nossa pauta de exportação”, avalia o economista da FEE, Tomás Torezani.
Por outro lado, apesar do câmbio favorecido, as vendas de fumo somaram, nesse período, cerca de US$ 29 milhões a menos do que no ano passado. O valor total exportado foi de US$ 274 milhões, ante US$ 303 milhões em 2015.
A queda, porém, também foi influenciada pela redução generalizada dos preços dos produtos exportados, na esteira do arrefecimento dos preços das commodities e do baixo crescimento do comércio mundial. “Esse recuo é consequência de venda de fumo em volumes menores para países como Coreia do Sul, Reino Unido e Bélgica. Em contrapartida, houve crescimento nas vendas para países como Rússia, Holanda, Sérvia, Polônia e Vietnã”, observou o economista. Os três principais destinos do fumo do Rio Grande do Sul foram, nessa ordem, Bélgica, Estados Unidos e Rússia.
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