Com a inclusão dos municípios de Rio Pardo e São Gabriel, subiu para 40 o número de cidades atingidas pelas cheias no Rio Grande do Sul. Conforme boletim divulgado no fim da tarde desse sábado, 26, pela Defesa Civil do Estado, o número de famílias atingidas subiu de 1.795 para 2.204 e o das desalojadas passou das 1.479 registradas na sexta-feira, 25, para 1801.
Além disso, 153 famílias estão desabrigadas. Na lista divulgada na sexta, pela Defesa Civil do Estado, havia 66 famílias nessa situação. Entre os nove principais rios monitorados pela Defesa Civil, o Uruguai foi o que atingiu o maior nível, de 11,05 metros, ultrapassando o nível de alerta, de 8 metros.
Outros rios se aproximam o nível de alerta. É o caso do Rio Cai, que atingiu 6,46 metros (nível de alerta 7 metros) e do Gravataí, no município de Alvorada, com 4,04 metros (nível de alerta 4,50 metros). No estado, 12 municípios decretaram situação de emergência.
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As chuvas e cheias também atingem outras regiões na América do Sul e já deixaram seis mortos e 150 mil desalojados na Argentina, Paraguai e Uruguai. As fortes chuvas na região estavam previstas devido à ocorrência do fenômeno El Niño, que, segundo pesquisas, é um dos mais fortes já registrados na história.
El Niño é um fenômeno climático caracterizado pelo aquecimento fora do normal das águas superficiais e subsuperficiais do Oceano Pacífico Equatorial. Essa mudança de temperatura provoca uma modificação da circulação de ar na atmosfera. No Brasil, o fenômeno se caracteriza por chuvas mais intensas nas regiões Sul e Sudeste e tempo mais seco nas regiões Norte e Nordeste.
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