O dólar tem alta sobre o real e outras moedas emergentes nesta sexta-feira, 13, em mais um dia de baixo volume de negócios. Os investidores seguem cautelosos com a possibilidade de aumento de juros nos Estados Unidos ainda em 2015, apesar de dados divulgados nesta sessão terem mostrado números aquém do esperado na economia americana.
Internamente, preocupações políticas acrescentam a pressão sobre a cotação do dólar. Mais cedo na semana houve rumores de que o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, poderia assumir o comando da Fazenda no lugar do ministro Joaquim Levy. Em evento em São Paulo nesta sexta-feira, Meirelles não quis comentar o assunto.
Às 12h10 (de Brasília), o dólar à vista, referência no mercado financeiro, tinha valorização de 0,53%, para R$ 3,798 na venda. No mesmo horário, o dólar comercial, utilizado em transações de comércio exterior, avançava 0,95%, para R$ 3,803. Entre as 24 principais moedas emergentes do mundo, o dólar ganhava força sobre 20.
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As vendas no varejo americano subiram 0,1% em outubro, ante expectativas de elevação de 0,3%. Já o índice de preços ao produtor nos EUA recuou 0,4% no mês passado, contra projeções de avanço de 0,2%.
O mercado monitora de perto os indicadores dos Estados Unidos, pois evidências de fortalecimento da economia americana podem embasar o aumento dos juros naquele país na próxima reunião do Federal Reserve (banco central dos EUA), em dezembro deste ano.
Além dos números, os sinais emitidos por membros do Fed sobre quando e em quanto elevarão os juros do país têm causado turbulência no mercado financeiro. A expectativa é que a alta provoque uma fuga de recursos aplicados em países emergentes para os Estados Unidos, encarecendo o dólar.
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Isso porque a mudança deixaria os títulos do Tesouro americano, cuja remuneração reflete a taxa de juros, mais atraentes que aplicações em mercados emergentes, considerados de maior risco. Os juros futuros nos EUA mostram chance de 66% de aumento da taxa de juros americana em dezembro.
No Brasil, o Banco Central deu continuidade nesta sexta-feira aos seus leilões diários de swaps cambiais para estender os vencimentos de contratos que estão previstos para o mês que vem. A operação, que equivale a uma venda futura de dólares, movimentou US$ 589,8 milhões.
No mercado de juros futuros, as taxas dos contratos operavam em alta na BM&FBovespa, às 12h10. O contrato de janeiro de 2016 subia de 14,219% a 14,230%. Já o DI para janeiro de 2021 apontava taxa de 15,530%, a mesma registrada na sessão anterior.
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AÇÕES EM QUEDA
O principal índice da Bolsa brasileira acompanhava o mau humor visto nos mercados acionários internacionais e operava no vermelho nesta sexta-feira. Resultados corporativos também impactavam o desempenho do Ibovespa, que caía 0,39% às 12h10, para 46.700 pontos. O volume financeiro girava em torno de R$ 1 bilhão.
As ações preferenciais da Petrobras, mais negociadas e sem direito a voto, recuavam 0,39%, para R$ 7,55. Já as ordinárias, com direito a voto, subiam 0,55%, para R$ 9,07. A estatal divulgou na véspera que registrou um prejuízo de R$ 3,8 bilhões no terceiro trimestre deste ano.
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Também em baixa, a CSN via sua ação despencar 5,53%, para R$ 5,12. A siderúrgica também divulgou seu balanço financeiro, com prejuízo de R$ 532,6 milhões no terceiro trimestre deste ano e aumento do nível de endividamento. As ações preferenciais da mineradora Vale amenizavam o desempenho negativo do Ibovespa no dia, com valorização de 0,71%, para R$ 12,66 cada uma. Já as ordinárias tinham ganho de 1,59%, para R$ 15,29.