Um anúncio movimentou as redes sociais durante a última semana. A Endemol Shine Brasil, produtora de atrações como MasterChef, adquiriu os direitos para produzir uma versão brasileira do reality show RuPaul’s Drag Race no País, o que em si já causou uma grande comoção entre os milhares de fãs do programa por aqui.
O que já é bom para os fãs, porém, pode ficar ainda melhor. Em entrevista à reportagem, a Endemol confirmou que o apresentador e drag queen RuPaul Charles vai, com certeza, participar da versão brasileira. A depender da sua agenda, talvez em até mesmo todos os episódios da primeira temporada. “Estamos conversando, ele quer muito vir, nos resta fazer a matemática quando fecharmos o canal, de acordo com a agenda dele”, afirma Juliana Algañaraz, diretora da Endemol.
A ideia é que RuPaul seja apresentador oficial da versão brasileira também, em todos os 13 episódios planejados, da mesma forma que Buddy Valastro no Cake Boss Brasil. “Ele quer participar o máximo possível, se puder, vai estar nos 13 episódios”, diz Juliana. Caso não consiga, Mama Ru pode participar de episódios espaçados, no começo e no fim, além das tradicionais mensagens pré-desafios, aquelas anunciadas pelo impronunciável bordão “she done already done had herses”.
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“Estamos trabalhando criativamente em cima do formato, em parceria com os detentores dos direitos, para ver qual seria a melhor forma de contar com o talento de RuPaul em todos os episódios”, garante Eduardo Gaspar, diretor criativo da Endemol. Curiosamente, nos últimos meses Mama Ru tem divulgado diversas mensagens em português nas suas redes sociais. “Acredito que ele já estava se preparando para vir.”
Caso a participação de RuPaul não seja em todos os episódios, a Endemol já conta com uma longa lista de personalidades brasileiras que podem comandar a atração. A preferência, claro, é por drag queens, mas não estão descartados nomes de apresentadores “profissionais”.
Formato
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De acordo com a Endemol, a intenção é deixar o formato brasileiro o mais fiel possível ao original, que já teve nove temporadas tradicionais e duas especiais, as “All Stars”. Os desafios de dublagem e a presença de jurados convidados a cada semana são certezas. “A gente vai seguir a estrutura como é feita lá fora, que o público brasileiro já conhece e funciona muito bem, respeitando algumas diretrizes principais”, afirma Eduardo, que cita uma pesquisa da Endemol que revela que o Brasil o terceiro maior consumidor de Drag Race no mundo – sete das nove temporadas estão disponíveis na Netflix.
A versão brasileira vai aprender com os erros das primeiras originais – nada de filtros sépia, brincam os diretores da Endemol -, mas ainda não irá se jogar nas possibilidades da vindoura 10ª temporada nos EUA. Agora no canal VH1, o reality show abriu inscrições para mulheres drag queens. No Brasil, pelo menos na primeira temporada, apenas homens irão participar. “A dinâmica está mais para a última temporada do que a primeira, hoje o reality está super maduro e funcionando muito bem”, dizem Eduardo e Juliana.
De fato, em sua nona temporada, RuPaul’s Drag Race conseguiu o seu maior reconhecimento até agora, com sete indicações ao Emmy, incluindo, pela primeira vez, melhor reality show, e melhor apresentador para RuPaul. A Mama Ru já havia vencido o prêmio no ano passado.
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Exibição
Com o formato nas mãos, a Endemol agora precisa encontrar um lar para RuPaul’s Drag Race no Brasil. Até o momento, a companhia ainda não entrou em contato com nenhuma empresa que possa exibir a série. Depois do anúncio na manhã desta quarta-feira, porém, inúmeras empresas entraram em contato com a Endemol, interessadas no formato. Canais de TV comuns e plataformas de streaming, como Netflix e Amazon, são possibilidades, mas o anúncio oficial de quem ficará com o programa deve sair mais para o final do ano.
Pelos planos da companhia, assim que fechado o canal de transmissão, as inscrições devem começar já no início de 2018, com filmagens ainda no primeiro semestre – o que vai depender da agenda de RuPaul. A melhor das expectativas é estrear o reality show no segundo semestre do ano que vem.
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Além do programa, Eduardo afirma que a Endemol tem interesse, também, em produtos derivados, como o popular Untucked, que mostra os bastidores de cada episódio.
Segundo os diretores da companhia, foram mais de seis meses de negociações até que RuPaul desse o aval para a produção por aqui Desejo antigo do apresentador, a versão brasileira já havia sido sondada por uma outra empresa, antes da Endemol, mas de acordo com Eduardo, Mama Ru não se sentiu confortável com a proposta e preferiu encerrar as negociações.
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