Rádios ao vivo

Leia a Gazeta Digital

Publicidade

Música

System of a Down fecha noite do Rock in Rio com show explosivo

No que foi certamente a maior aula de aeróbica coletiva deste Rock in Rio até agora, o cultuado System of a Down fechou a noite de quinta, 24, com um show típico: explosivo, divertido, acelerado e bom para cantar (ou berrar) junto.
Como em sua primeira apresentação no Rock in Rio, em 2011, o quarteto armênio-americano tocou músicas de seus cinco álbuns, fazendo apanhado de sua carreira e da variação de ritmos e estilos que misturam com o heavy metal -reggae, hip-hop, funk, dance etc.

O extenso repertório -28 canções em cerca de 90 minutos- privilegiou o melhor álbum da banda, “Toxicity”, do qual foram executadas nove músicas, incluindo a ótima faixa-título, com a participação de Chino Moreno, do Deftones, e o maior hit do SOAD, “Chop Suey!”, cujo refrão foi berrado em coro pela molecada nervosa.

Capitaneada pelo divertido vocalista Serj Tankian (que também toca guitarra) e pelo guitarrista Daron Malakian (que também canta) a banda ainda desenterrou oito canções de seu primeiro e menos conhecido disco, “System of a Down” (1998), além de um lado B (“Temper”) que não tocava ao vivo desde 1999. Um dos pontos fortes do SOAD é saber não se levar a sério -o que é particularmente louvável num gênero tão sisudo quanto o metal.

Publicidade

Entre outras presepadas, Tankian mia como um gatinho, faz vocais debochados (assim como Malakian) e a banda toca “Physical”, de Olivia Newton John, antes de entrar de sola em uma das grosserias do seu repertório. Não que os descendentes de armênios sejam (só) palhaços -suas dezenas de letras políticas criticam o imperialismo americano, o genocídio de seu povo e as injustiças do mundo capitalista em geral, do sistema prisional à fracassada guerra às drogas.

Há ainda canções mais pessoais, que ressoam com a audiência, como a balada “Lonely Day”, sempre eficiente para convocar um bonito coral da plateia. Dada tal variação melódica, de ritmo e de humor, não espanta que a banda atinja um público amplo, com jovens, meninas, marmanjos e headbangers. Todos aparentemente saíram satisfeitos dessa segunda passagem do SOAD pelo Brasil, mesmo com a falta de novidades em termos de repertório.

Publicidade

Aviso de cookies

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdos de seu interesse. Para saber mais, consulte a nossa Política de Privacidade.