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Cultura

Nos dez anos da Confraria Nativista, Juliano Javoski retorna a Santa Cruz

A Confraria Nativista viverá nesta sexta-feira, 19, momentos de nostalgia com a apresentação de Juliano Javoski. O cantor gaúcho (de São Jerônimo) foi a primeira atração dessa iniciativa de confrades criada em junho de 2005, quando a estreia aconteceu no Parque de Eventos. Desta vez, ele estará no palco do CTG Rincão da Alegria (Rua Leonel do Prado, 156), com show previsto para se iniciar às 20h30.

O currículo de Javoski é impressionante. Já são mais de 400 músicas em festivais nativistas. Algumas delas em parceria com o letrista Francisco “Chico” Luiz, radicado em Santa Cruz do Sul. Javoski é estudioso e apaixonado pelo chamamé. A música que compõe é influenciada por clássicos do gênero, como os de Ernesto Montiel e Tránsito Cocomarola, entre outros.

É presença constante em festivais da Argentina, como o Festival Nacional del Chamamé, em Federal, na província de Entre Ríos, e a Fiesta Nacional del Chamamé, que acontece em Corrientes. Em 2009, promoveu um resgaste cultural desse gênero musical ao gravar o disco Coração de Chamamé. Juliano salienta que a valorização argentina à cultura e folclore é maior, sem o apelo comercial observado no Brasil.

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No show que fará na noite desta sexta-feira, 19, ele estará acompanhado de Márcio Fagundes no acordeon e Branco Ramires no contrabaixo. Neste ano, Javoski perdeu um grande amigo e parceiro musical, integrante do Grupo Che Alma Guarani, que o acompanhava. O compositor Wilson Vargas foi assassinado em Triunfo. Em algumas ocasiões, Javoski se apresenta ao lado do Grupo Missões, formado por Halber Lopes (violão), Jarbas Nadal (acordeon) e Vlademir Nunes (baixo).

O cantor e compositor está em pleno processo de captação de recursos financeiros para a publicação do livro Senhor Chamamé, que será acompanhado de um CD. Como um autêntico “cantautor” – que interpreta aquilo que produz –, Javoski também “reculuta” composições em parceria com célebres poetas, como Jayme Caetano Braun e Aparício Silva Rillo, além de outros mais contemporâneos como João Sampaio e Diego Müller. Em tempo: “reculuta”, em bom gauchês, significa “recuperar um animal que se perdeu da tropa”.

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