A junta médica da Chapecoense que está na Colômbia para acompanhar a recuperação dos quatro brasileiros sobreviventes na queda do avião da equipe apresentou nesta quinta-feira, 8, detalhes sobre as a recuperação dos pacientes. A principal novidade foi sobre o zagueiro Neto, dono do quadro mais preocupante, mas que começará a ter a sedação reduzida para que desperte.
O acidente aéreo nos arredores de Medellín completa dez dias. Três dos quatro sobreviventes brasileiros estão acordados e a ideia é tirar Neto da sedação. “É o paciente que mais inspira cuidados. As medidas nas últimas 24 horas surtiram efeito importante. Conseguimos restaurar o padrão respiratório, começamos a diminuir a ventilação mecânica e estamos tranquilos”, explicou o intensivista Edson Stakonski.
O médico planeja nas próximas horas diminuir a carga de sedativos para que o defensor desperte. Neto foi o último a ser resgatado do local do acidente e apresentava uma grave infecção respiratória, agora já controlada. No Hospital San Vicente também foi curada uma ferida na perna do jogador sofrida durante a queda da aeronave da LaMia.
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Dos outros pacientes, o lateral Alan Ruschel é quem está no quarto, com a situação mais favorável. Os médicos já começam a planejar uma futura transferência dele ao Brasil para concluir o tratamento. “Está caminhando bem, sem nenhum sinal de infecção. Começamos a pensar numa transferência, mas ainda não temos data”, disse Stakonski. Na quarta, o jogador gravou um vídeo em que caminhou e mandou recado aos fãs.
Os demais sobreviventes passaram por intervenções médicas importantes. O goleiro Follmann teve ampliada a área de amputação na perna direita. “A notícia animadora é que o plano iniciar era aumentar de 3 a 4 centímetros a amputação óssea, assim com a limpeza. Pela pouca presença de infecção, a parte óssea se recuperou, então tivemos de cortar menos, de 2,5 a 3 centímetros, mas ainda inspira cuidado”, explicou o ortopedista Marcos André Sonagli.
Já o jornalista Rafael Henzel deixou nesta quinta a UTI para uma unidade de tratamento semi-intensiva. “Fizemos uma cirurgia no pé direito dele para colocar um dos dedos no lugar. Foi algo simples, com a colocação de dois pinos. A recuperação dele tem sido satisfatória”, afirmou Sonagli. Como o paciente fraturou sete costelas, tem tido dificuldades para respirar.
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