A classificação das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo Rússia 2018 mostra o Brasil no terceiro lugar. Mas uma derrota para o Paraguai, nesta terça-feira, 29, em Assunção, pode jogar a seleção brasileira para a sétima posição, uma vez que Brasil, Paraguai, Argentina, Chile e Colômbia estão separados por apenas um ponto após cinco rodadas. São só quatro vagas diretas para a Rússia e uma pela repescagem – quinto colocado contra o campeão da Oceania. O técnico Dunga admite que a classificação não será fácil.
“Nunca vi ninguém fazer planejamento de ficar fora ou perder, é sempre otimista. Mas sabemos que vai ser disputado até a última rodada. Se nas outras Eliminatórias, que não considerávamos tão difíceis, o Brasil sempre se classificou na última rodada, essa será ainda mais complicada. Temos que jogar para vencer”, comentou Dunga, nesta segunda-feira, em entrevista coletiva na concentração da seleção em Viamão.
Para complicar a situação do Brasil, o principal jogador da equipe, Neymar, estará ausente, suspenso pelo segundo cartão amarelo. O craque nem viajou com o elenco para Viamão e passou o sábado à noite em uma casa de festas de Santa Catarina. Nas redes sociais, o capitão foi criticado por falta de comprometimento. Dunga saiu em defesa do seu jogador.
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“Temos que respeitar individualidades, as gerações mudam bastante. Hoje tem as redes sociais. Os jogadores do meu tempo não tinham essa exposição quando começavam a ter ascensão social. Não posso querer que os jogadores tenham o mesmo comportamento, joguem ou pensem da minha forma. O mais importante é que ele jogue o melhor possível quando estiver dentro da seleção”, opinou o técnico, que também já foi capitão da equipe nacional.
Na ausência de Neymar, a tendência é que Ricardo Oliveira entre na equipe e jogue como referência na área adversária. Também David Luiz está fora, suspenso, e seu substituto deverá ser o ex-corintiano Gil. Foi isso que Dunga indicou no domingo. Nesta segunda, ele fechou o treino e, quando questionado na coletiva, preferiu não revelar o time.
“Escolhemos (os titulares) pela forma que os jogadores estão treinando e jogaram os últimos jogos da seleção brasileira, e pelas características que precisamos em campo. Temos outras opções, com atacantes de força e movimentação. Vamos analisar bem para decidir”, explicou Dunga.
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Escolha por Viamão
O treinador da seleção brasileira evitou entrar em polêmicas sobre a decisão da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de fazer uma parada no interior do Rio Grande do Sul na viagem entre Pernambuco (palco do jogo contra o Uruguai, na última sexta) e a capital paraguaia Assunção (onde será a partida de terça-feira). O hotel onde a delegação se hospedou tem como sócios o ex-zagueiro Lúcio, auxiliar pontual de Dunga para a preparação do time para esses dois compromissos das Eliminatórias, e o seu empresário, o também ex-jogador Sandro Becker, que atuou com o coordenador Gilmar Rinaldi no Flamengo na década de 1990.
“Essa não é muito minha área, é mais do Gilmar. A minha é mais técnica. Observo se o campo de treinamento é bom, a sala de musculação, as melhores condições. Essa estrutura foi usada pela Fifa durante a Copa do Mundo, aqui já estive com o Internacional e temos todas as condições. Temos uma equipe de pessoas que observa hotéis e campos de treinamento muito antes do treinador, e depois me passam as questões técnicas”, disse Dunga, que atuou com Lúcio no Inter entre 1999 e 2000, quando o ex-volante se aposentava e o ex-zagueiro chegava ao time principal.
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