O novo sistema de treinos classificatórios para as corridas de Fórmula 1 deve passar a vigorar apenas a partir do Grande Prêmio da Espanha, quinta prova da temporada. A principal categoria do automobilismo mundial não conseguiu desenvolver o software que gerencia a atividade a tempo do GP da Austrália, prova inaugural do campeonato em 20 de março.
Os treinos continuarão divididos em três etapas, Q1, Q2 e Q3, mas os pilotos não serão eliminados apenas ao fim de cada estágio. Segundo a proposta, aprovada pelas equipes e a Federação Internacional de Automobilismo, o competidor mais lento a cada 1min30 deixará a atividade até que sobre apenas o pole position. Isso deixaria o evento mais dinâmico.
“Não teremos o novo sistema porque não conseguimos deixar tudo pronto a tempo. Começaria já no início do ano, mas não teremos o software pronto, então as mudanças provavelmente ocorrerão na Espanha. Na Austrália teremos o sistema antigo. O programa todo precisa ser escrito, não é algo fácil”, disse Bernie Ecclestone, ao jornal britânico Independent.
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O dirigente era contra o novo formato dos treinos classificatórios, mas foi voto vencido em reunião de representantes das equipes e da FIA. Ecclestone chegou a sugerir uma mudança diferente no sistema, adicionando tempo de punição aos melhores classificados das provas anteriores.
“Queria algo muito simples, que o classificatório continuasse como está porque é bom. E se um cara está na pole e ganhou a última corrida, ele tem alguns segundos acrescidos a seu tempo então ele teria que lutar no meio do pelotão para chegar à liderança. Seria uma boa corrida enquanto ele faz isso”, explicou – o projeto, no entanto, foi rejeitado pelas equipes.
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