A crise de credibilidade que atingiu a Confederação Brasileira de Futebol nos últimos meses começa a afetar financeiramente a entidade. Na noite dessa sexta-feira, 29, a Sadia, que até então era um dos maiores patrocinadores da entidade, anunciou o rompimento do contrato que iria até 2022. Dias atrás, a Petrobras havia deixado de patrocinar a Copa do Brasil. É possível que nas próximos semanas outras empresas desistam de sua ligação com CBF e, por consequência, seleção brasileira.
O contrato com a Sadia foi assinado em 2013, ano em que o Brasil venceu a Copa das Confederações. O acordo colocaria nos cofres da CBF um total de R$ 100 milhões. A empresa, que tem a BRF como controladora, entrou no lugar da Seara, praticamente enxotada pela direção da confederação após atrasar alguns repasses mensais. Em represália, as placas publicitárias da empresa foram retiradas do local em que a seleção treinava. Na época, a CBF era presidida por José Maria Marin, atualmente cumprindo prisão domiciliar nos Estados Unidos por envolvimento em casos de recebimento de propinas por contratos de transmissão de TV e de marketing de competições como a Copa América e a Copa do Brasil.
A empresa do ramo alimentício não deu maiores detalhes sobre sua decisão. Limitou-se a distribuir nota, por meio da BRF. Mas, nos bastidores, a delicada situação da cartolagem que comanda a CBF foi apontada como motivo do rompimento. Isso também levou a Petrobras a se desvincular da Copa do Brasil. Em dezembro, a Proctor & Gamble também rompeu patrocínio à CBF, que rendia cerca de R$ 5 milhões anuais à entidade.
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