Não tem jeito. O Barcelona é mesmo o melhor time do planeta. O River Plate foi valente durante os 90 minutos e bem que tentou, mas não suportou a pressão adversária na noite deste domingo (manhã no Brasil) em Yokohama, no Japão, na grande final do Mundial de Clubes. Sem maiores dificuldades, o time catalão venceu os argentinos por 3 a 0, contando com atuação decisiva de seus grandes craques. Lionel Messi e Luis Suárez, duas vezes, anotaram os gols do Barça. O brasileiro Neymar, com duas assistências, também se destacou. Apesar da discreta festa blaugrana após o apito final, o jogo foi quente, com jogadas duras das duas equipes.

É a terceira vez que o Barcelona fatura o Mundial de Clubes. As taças anteriores foram levantadas em 2009, com vitória sobre o Estudiantes na decisão, e em 2011, na goleada aplicada sobre o Santos. Desde que a competição passou a ser disputada neste formato, com todos os campeões continentais, os blaugranas são os maiores vencedores, seguidos pelo Corinthians, que foi campeão em 2000 e 2012. Se considerar as finais da antiga Copa Intercontinental, Milan e Real Madrid são os líderes em conquistas, com quatro taças cada.

O triunfo em Yokohama consolida o Barça como a maior potência do futebol mundial no século XXI. Além dos títulos mundiais, são quatro conquistas da Uefa Champions League, sete taças do Campeonato Espanhol, seis títulos da Copa do Rei da Espanha, três Supercopas da Uefa e seis Supercopas da Espanha. E reforça o abismo existente entre o futebol europeu e o sul-americano, e que cresceu ainda mais nos últimos anos. Ao River, que se reergueu definitivamente após a queda para a Série B na Argentina em 2011, resta levantar a cabeça e lutar pelo quarto título da Taça Libertadores da América em 2016.

1º tempo

Quem esperava um duelo bastante disputado em Yokohama, acertou. Mas a principal disputa foi pela bola. Nem River, nem Barça pouparam nas jogadas mais ríspidas. Empurrado por cerca de 15 mil torcedores, o time argentino até tentou jogar de igual para igual no início da partida, mas logo foi acuado pela força blaugrana. A primeira conclusão perigosa veio aos 10 minutos, mas Messi parou em um milagre do arqueiro Barovero. Depois, o time europeu seguiu pressionando, mas esbarrava na marcação adversária e no inspirado Barovero.
 

River Plate lutou, mas não foi páreo para o Barcelona
Foto: Getty Images/Fifa

Sem medo do rival, o River tentava encaixar contra-ataques. Em dois lances, arriscou de fora da área, com Alario e Mora, mas o goleiro Bravo fez defesas tranquilas. E foi só. Na sequência, começou a ser construído o triunfo catalão. Aos 36 minutos, Daniel Alves cruzou, Neymar escorou de cabeça e Messi dominou, tirou do marcador e finalizou bonito para o fundo do gol, sem chances para Barovero. Placar aberto em Yokohama e quase ampliado nos acréscimos. Suárez, livre, chutou para fora. Ao final da primeira etapa, reclamações dos argentinos no lance do gol adversário, de um suposto toque de mão de Messi antes da conclusão.

2º tempo

Gallardo voltou com Martínez e Lucho González no lugar de Mora e Ponzio na etapa final. As alterações de nada adiantaram. O River foi para o ataque no início da etapa final e deixou buracos no meio campo. E não demorou para o Barça aproveitar. Aos quatro minutos, Busquets faz ótimo lançamento para Suárez, que ganhou do marcador e concluiu entre as pernas de Barovero, marcando o segundo do Barcelona no jogo. O terceiro tento virou questão de tempo. Depois de desperdiçar três boas chances, aos 23 minutos, os blaugranas definiram o marcador. Neymar cruzou na cabeça de Suárez, que testou firme, sem chances para Barovero. Quinto gol do uruguaio na competição.
 

Com dois gols, Suárez foi decisivo na final deste domingo
Foto: Getty Images/Fifa

Com o placar praticamente definido, o Barcelona diminuiu o ritmo na reta final do jogo. E o River, sem nada a perder, se arriscou mais no campo de ataque. A melhor chance surgiu aos 32 minutos. Após cruzamento na área, Piqué não cortou e Alario cabeceou forte, obrigando Bravo a fazer grande defesa. Aos 38, a chance foi de Driussi, que acabara de entrar. O meia arriscou de fora da área e o arqueiro chileno, com a ponta dos dedos, desviou. A bola ainda bateu na trave antes de ir para escanteio. Foi a última chance de um guerreiro River Plate de diminuir a desvantagem no placar. O Barça apenas esperou o tempo passar para comemorar mais um merecido título em 2015.
 

FICHA TÉCNICA
MUNDIAL DE CLUBES – FINAL
RIVER PLATE 0 x 3 BARCELONA

Local: Estádio Internacional de Yokohama, no Japão
Data: 20 de dezembro de 2015, domingo
Horário: 8h30 (de Brasília)
Arbitragem: Arileza Faghano (Fifa-Irã)
Público: 66.853
Cartões amarelos: Kranevitter, Ponzio (River Plate); Jordi Alba, Rakitic, Sergi Roberto, Neymar (Barcelona)
Gols: Messi – 36 min/1ºT, Suárez – 4 min/2ºT e 23 min/2ºT

RIVER PLATE: Barovero; Mercado, Maidana, Balanta e Vangioni; Kranevitter, Carlos Sánchez, Ponzio (Lucho González) e Viúdez (Driussi); Alario e Mora (Martínez)
Técnico: Marcelo Gallardo

BARCELONA: Bravo; Daniel Alves, Piqué, Mascherano (Vermaelen) e Jordi Alba; Busquets, Rakitic (Sergi Roberto) e Iniesta; Messi, Suárez e Neymar (Mathieu)
Técnico: Luis Enrique