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Surfe

Em 2016, Brasil terá dez surfistas na elite do Mundial

A “tempestade brasileira”, como é chamado o grupo de surfistas do país que disputa o Mundial da modalidade, está cada vez mais forte. A elite do surfe terá dez brasileiros em 2016 – neste ano foram sete. É quase um recorde. Este número só não é maior do que em 2001, quando 11 surfistas representaram o país no Mundial, que teve apenas cinco etapas e 46 atletas disputando o título, na ocasião.

Caio Ibelli, 22 anos, Alex Ribeiro, 26, e Alejo Muniz, 25, serão os novos representantes do Brasil na elite em 2016. Todos que disputaram o Mundial neste ano conseguiram se manter no campeonato – dos 34, 12 caem para a divisão de acesso. Miguel Pupo ficou na 27ª posição, com 15.250 pontos. Mesmo assim, ele vai disputar a elite no ano que vem porque ficou na quarta colocação da “segunda divisão” do surfe. A regra permite que o surfista dispute tanto o Mundial quanto a divisão de acesso. Se ele ficar abaixo dos 22 primeiros colocados na elite, ele pode garantir uma vaga no próximo ano por meio da classificação da “segunda divisão”.

Jadson André também não teve um bom desempenho na temporada, mas conseguiu se manter. Ele somou 19.950 pontos e ficou em 22º, uma posição acima da “zona de rebaixamento”. A Austrália continua como o país com o maior número de representantes: em 2016 serão 13. Restam ainda duas vagas em aberto, que serão preenchidas com dois convites da WSL (Liga Mundial de Surfe), que ainda não divulgou os contemplados.

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VEJA QUEM SÃO OS NOVOS SURFISTAS DO BRASIL NO MUNDIAL

CAIO IBELLI

O paulista Caio Ibelli, 22, terminou a temporada com o melhor aproveitamento na divisão de acesso. Não chegou a vencer nenhuma etapa, mas conseguiu grandes resultados como o terceiro lugar em Saquarema, no Rio, e em Ballito, na África do Sul, e um vice em Cascais, em Portugal. Nesta temporada, ele participou de duas etapas na elite: na França e em Portugal. Na primeira, ficou em 25º –foi eliminado pelo australiano Owen Wright. Na segunda, terminou em 13º ao perder na terceira rodada para o compatriota Gabriel Medina. “Vou comemorar só um pouquinho e já mergulhar na preparação para 2016. Que chegue logo fevereiro”, disse Ibelli. Apesar de jovem, ele já acumula US$ 220 mil (R$ 868 mil) em prêmios.

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ALEX RIBEIRO

Assim como Ibelli, o paulista Alex Ribeiro, 26 anos, vai disputar o Mundial pela primeira vez na sua carreira.
Neste ano, ele participou de uma etapa da elite, como convidado, no Rio, e ficou em 25º. Foi eliminado pelo havaiano John John Florence. Na divisão de acesso de 2015, ele venceu uma etapa: Saquarema, no Rio de Janeiro. “Foi um ano maravilhoso. Consegui bons resultados e uma vitória”, disse Ribeiro à Folha. “Acho que a maior dificuldade será se adaptar às ondas do tour, pois há algumas que ainda não conheço. Espero treinar nelas antes das etapas”, afirmou.

ALEJO MUNIZ
O surfista que garantiu o título mundial de 2014 para Gabriel Medina e foi rebaixado para a divisão de acesso naquele ano está de volta à elite. Alejo Muniz, 25 anos, garantiu o acesso em julho ao vencer a etapa de Ballito, na África do Sul, pela “segunda divisão” do surfe. Em 2015, o surfista que nasceu em Mar del Plata, na Argentina, mas foi criado em Bombinhas, em Santa Catarina, ganhou também a etapa de Merewether Beach, na Austrália, em fevereiro. Em 2014, Muniz ficou na 26ª posição do Mundial. Neste ano, ele ficou em sexto lugar na divisão de acesso.

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