Uma vez que o GP de Abu Dhabi, etapa derradeira da temporada 2015 marcada para domingo, representa muito mais um clima festivo para o Mundial de F1, a terça-feira (24) ganhou um caráter importante para a categoria. O Grupo de Estratégia, associação da qual faz parte a FIA (Federação Internacional de Automobilismo), a FOM (Formula One Management, empresa que rege os direitos comerciais) e as principais equipes do grid, vai se reunir em Paris para debater temas que podem mudar a cara da F1 nos próximos anos, sendo que a pauta da adoção dos motores alternativos para 2017 estará na mesa. A informação é da revista britânica Autosport.
Duas fornecedoras se inscreveram para participar do processo seletivo promovido pela FIA para a escolha da preparadora que vai cuidar dos novos motores alternativos: a britânica AER e a tradicional Ilmor. A proposta vai contra os anseios das atuais fornecedoras da F1: Mercedes e Honda, por exemplo, já se declararam contrárias ao projeto. A Sauber, parceira da Ferrari, e a McLaren, também se opõem. Do outro lado, times como a Force India, Red Bull e a Toro Rosso já se mostraram favoráveis aos motores alternativos.
Segundo a publicação, além da proposta promovida por Jean Todt, presidente da FIA, e Bernie Ecclestone, chefe supremo da F1, de escolher uma montadora independente para construir um motor alternativo e, assim, diminuir o poderio das fornecedoras e reduzir os custos para as equipes com menor orçamento, outros temas estarão em discussão nesta terça-feira.
Um deles é a mudança do nome da equipe, hoje oficialmente chamada Manor Marussia. A equipe, que vive um momento de incerteza depois da debandada da cúpula formada por John Booth, o chefe do time, e de Graeme Lowdon, seu diretor-esportivo, deve se chamar apenas Manor em 2016. O time inglês já garantiu uma importante parceria com a Mercedes para contar com o melhor motor da F1 em 2016, mas atravessa um período de transição e indefinição.
Sobre 2017, outra pauta na mesa da reunião de logo mais será a discussão a respeito de uma possível adoção do efeito solo, proposta pela Red Bull para inclusão nas novas normativas aerodinâmicas que a categoria busca implementar para a temporada. O objetivo do Grupo de Estratégia é proporcionar uma F1 mais rápida, com carros entre 5 e 6s mais velozes e pneus que sejam mais aderentes e mais largos.
Além disso, o Grupo de Estratégia vai debater a possibilidade de realizar pequenas mudanças em termos de aerodinâmica, mas já visando a próxima temporada da F1, bem como discutir os testes de pneus e a requisição da Pirelli, que pediu um carro mais atualizado para desenvolver os pneus para 2017 ao longo do ano que vem.
Vale lembrar que todas as propostas debatidas e aprovadas pelo Grupo de Estratégia não viram regra logo de imediato, uma vez que tudo precisa ser oficialmente ratificado pelo Conselho Mundial da FIA. O próximo e derradeiro encontro do Conselho será realizado em dezembro.
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