A próxima temporada da Fórmula 1 pode ter escuderias com três carros no grid de largada. Bernie Ecclestone sinalizou a possibilidade nesta segunda-feira, em entrevista ao holandês De Telegraaf.
Considerando as reclamações das equipes menores em relação ao regulamento e à divisão dos recursos, além de suas ameaças de deixar a categoria, o polêmico diretor afirmou ser mais benéfico contar com carros melhores, ao invés de carros de diversos times incapazes de brigar pelas primeiras posições.
“Algumas equipes querem ter três carros, e muitas pessoas prefeririam ver uma terceira Ferrari do que um carro que não é competitivo”, afirmou o britânico de 84 anos.
Publicidade
Entre as equipes insatisfeitas estão Lotus, Red Bull Racing, Sauber, Force India e Toro Rosso, esta última também da Red Bull. A primeira passa por uma grave crise financeira e pode ser adquirida pela Renault, enquanto a segunda, desgostosa com o fornecimento de motores da Renault e com o acordo proposto pela Ferrari, também ameaça se retirar, caso não consiga uma unidade de potência competitiva.
Sauber e Force India, por sua vez, reclamam da distribuição desigual do dinheiro, e chegaram a formalizar uma queixa à União Europeia contra a “concorrência desleal”. Já a Toro Rosso cortou laços com os motores da Mercedes e aceitou um contrato com a Ferrari. Porém a escuderia italiana não fornecerá a mais alta tecnologia à equipe, limitando-se a motores desatualizados.
Na direção contrária, a norte-americana Haas estreará na Fórmula 1 em 2016, diminuindo os possíveis vazios no grid, atualmente com 20 carros – dois de cada uma das dez equipes.
Publicidade