O ex-prefeito de Sobradinho Julio Miguel Nunes Vieira participou, na manhã desta sexta-feira, 12, do programa Giro Regional da Gazeta FM. O político deu sequência à série de entrevistas com possíveis candidatos a prefeito e vice do município. Ele salientou sua satisfação com ter sido mais uma vez lembrado para concorrer à Chapa Majoritária, muito embora haja, conforme Vieira, uma possibilidade de não haver eleições no ano que vem, com a reunificação das Eleições Municipais, Estaduais e Federal. Miguel salientou que começou como auxiliar de contabilidade. Logo depois, foi secretário de Finanças. Foi vereador, presidente da Câmara de Vereadores e prefeito de Sobradinho por dois mandatos. “Agradeço a todos os ex-prefeitos, vice, vereadores e secretários. Tivemos pessoas muito honestas. Nunca soube de corrupção entre os mandatários da prefeitura”, diz.
Vieira destacou que a área política está bastante calma. “Acredito que o Poder Legislativo deva fiscalizar. Poucos Projetos de Lei Legislativa ocorrem, tanto em nível municipal quanto federal”. O ex-prefeito salientou, porém, que aceita o contraditório. “O povo está pagando aumentos enormes na limpeza pública, mas todos eles passaram pela Câmara. Vejo queixas e uma cidade suja. O Executivo está fazendo movimentos para resolver isso. Mas desprezaram o que já havia. O Legislativo tem que cobrar mais”, frisa.
O político disse que enxerga as obras que construiu em Sobradinho, juntamente com seu vice Jorge Pohlmann, além dos secretários. “Falaram que só fiz pela cidade, mas deixamos equipamentos para serem utilizados nesta gestão. Hoje trabalha-se com uma estrutura diferenciada. Eu não tinha maquinário”, afirma. “Fizemos uma cidade grande, com um crescimento enorme no comércio. Estou feliz por isso”, comenta. Vieira explicou que há muito desemprego atualmente em Sobradinho. “É uma preocupação minha. O pessoal está sentindo no bolso e na pele e não fala. Está anestesiado”.
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Miguel Vieira salienta que o Partido Progressista (PP), após sofrer uma derrota nas Eleições Majoritárias, precisa se organizar e está fazendo diversos movimentos. “Hoje, com esse número de partidos que existem, ninguém ganha sozinho. Acreditamos que é preciso se coligar sim. Devemos buscar um fortalecimento e há partidos conversando conosco”, diz.
Vieira disse que atualmente não é candidato. “No tempo certo teremos o melhor nome. Se for o nome do Jorge, eu o apoiarei, ele tem voto e é um nome forte. Mas se o partido entender, vamos avaliar. Sou filiado e posso concorrer. Tenho quatro possibilidades: candidato a nada, a vereador, a vice e a prefeito ”, comenta.
O ex-prefeito salienta que na Eleição passada, quando concorreu a prefeito, houve compra de votos. “Ficou provado isso, mas ganharam multa e não perderam o mandato. Naquela época nem havia promotor em Sobradinho. Fizemos registros e nada aconteceu”. “Também tenho a dizer que, naquela época, disseram que se não cumpríssemos nosso plano eleitoral, sofreríamos sansões. Mas quero saber como está o cumprimento deste plano. O atual prefeito, Maninho Trevisan, prometeu 500 casas. E até agora, o que há?”, frisa. Miguel alfinetou a atual Administração, que segundo ele utilizaria a máquina pública para ganhar votos e depois esquecer o que prometeu. “Foi estelionato eleitoral”, afirma. O político teceu críticas às obras paradas que existem em Sobradinho, à área da Saúde e também à falta de vagas em Emeis.
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O caso Mayerhofer
Sobre o atual vice-prefeito, Armando Mayerhofer (MDB), ele salientou que ele é 98% político. “Ele se projetou muito sendo meu secretário. O Armando é um conciliador, só que ele escolheu a mim para ser adversário político. Fizemos uma reunião, o Jorge seria candidato. Ele ganhou e teve problemas com a justiça. Depois disso, queria lançar a candidatura da ex-mulher dele. Na convenção, o Mayerhofer foi nosso candidato. Quando eu estava secretário do Jair Cremonese, que foi prefeito em um mandato tampão, ele queria que eu saísse da prefeitura para ajudar, mas eu tinha um compromisso com o Jair. Eu estive com ele direto. Senti que o Gilvan não estava inserido na campanha. Quando o Armando foi lá na Prefeitura de Sobradinho, e me apelou, nervoso, que perderia as eleições. Falei que depois da renúncia do Gilvan, não seria a hora de deixar a Tatiana concorrer?”, afirma. “Quando a gente perde não se agarra ao adversário. Mas ele optou por fazer isso. E estão felizes. E que sejam felizes para sempre”, comenta. “Sinto falta do PT, por exemplo, que ajudou a eleger a atual Administração. Não vejo emendas do partido, e queria entender isso”, diz.
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