Pelo segundo dia consecutivo, a Assembleia Legislativa gaúcha encerrou sessão, nesta terça-feira, 30, sem votar o projeto que autoriza o Estado a aderir ao regime de recuperação fiscal. Manobras da oposição estenderam as discussões até o fim do tempo previsto para os trabalhos, antes que o projeto fosse colocado em pauta. As propostas que dispensam a necessidade de plebiscito para privatização de três estatais (CEEE, CRM e Sulgás) também não chegaram a ser analisadas pelos deputados.
Foi a segunda tentativa frustrada do governo de José Ivo Sartori (MDB) de aprovar o acordo de recuperação fiscal – que, segundo o Piratini, pode evitar o colapso das finanças gaúchas. Nessa segunda-feira, 29, quando foi realizada a primeira sessão extraordinária convocada por Sartori, os trabalhos foram suspensos no meio da tarde após um “cochilo” da base aliada – a oposição pediu verificação de quórum e, como havia deputados governistas fora do plenário, constatou-se que não havia parlamentares em número suficiente para deliberação.
Nesta terça, não houve derrubada de quórum, mas os deputados só conseguiram aprovar o requerimento de convocação extraordinária. Com isso, os quatro projetos previstos sequer começaram a ser discutidos e a sessão foi encerrada em torno das 18h30. A base aliada chegou a solicitar que fosse convocada uma nova sessão à noite e outra pela manhã, mas o pedido foi indeferido pelo presidente Edegar Pretto (PT). Assim, os trabalhos só serão retomados nesta quarta-feira, 31, às 14 horas.
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Fotos: Marcelo Bertani/Agência Assembleia Legislativa
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