Durante almoço com a presença de 18 governadores, o presidente da República, Michel Temer, afirmou que não há mais motivos para não aprovar a reforma da Previdência depois das alterações feitas pelo relator, deputado Arthur Maia (PSB-BA), ao texto original. O encontro, realizado na casa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), serviu para angariar apoio à aprovação da proposta.
“O relator [deputado Arthur Maia] percorreu todas as bancadas, ouviu as observações todas. Eu disse: ‘olha, pode negociar, porque a linha mestra da reforma é exatamente a questão da idade’. Ele foi, negociou e amenizou enormemente aquele projeto inaugural. Então não há mais razão, penso eu, para que se diga que não se deva aprovar a reforma da Previdência”, afirmou Temer.
O presidente iniciou sua fala dizendo que aquele encontro não era para pedir apoio aos governadores a fim de aprovar a reforma, mas sim explicar como foram as negociações até aquele momento. Mas, ao final do discurso, Temer já falava em precisar muito do apoio dos chefes dos Executivos estaduais.
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“Queremos dizer que precisamos muito desse apoio. Eu sei que os senhores têm a compreensão porque são governadores, têm as dificuldades, as mesmas que temos aqui na área federal. Enfrentamos dificuldades diárias no nosso governo. Mas nós podemos, juntos, fazer a reconstrução do País, independentemente de posições políticas e partidárias. Isso não está em conta.”
Temer voltou a citar a urgência da reforma, em um discurso que é amplamente reproduzido pela equipe de ministros e deputados da base. A máxima é que a não aprovação da reforma agora vai obrigar o País a fazer sacrifícios maiores depois. “O que é preciso é a compreensão de que temos um problema sério no País e precisamos solucioná-lo agora. Se não solucionarmos agora, teremos que fazê-lo muito mais vigorosamente e com mais sacrifícios talvez daqui a três, no máximo quatro anos. O momento é de fazer essas reformas”, disse Temer.
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