A Polícia Federal (PF) indiciou o deputado gaúcho José Otávio Germano (PP) e mais cinco do mesmo partido – ex-deputados federais João Alberto Pizzolatti (atual secretário extraordinário de Relações Institucionais de Roraima) e Mário Negromonte (ex-ministro de Cidades e atual conselheiro do Tribunal de Contas da Bahia) e os deputados Mário Negromonte Júnior (PP-BA), Luiz Fernando Ramos Faria (PP-MG) e Roberto Pereira de Britto (PP-BA) – por corrupção passiva qualificada, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Negromonte Júnior também foi imputado crime de ameaça.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a PF concluiu que eles receberam reiteradas vezes entre 2006 e 2014 propina proveniente de contratos da Petrobrás com as empresas Braskem/Odebrecht, Queiroz Galvão, Jaraguá Equipamentos, Mendes Junior e Andrade Gutierrez. O esquema, conforme a investigação, era operado pelo doleiro Alberto Youssef – delator da Lava Jato e um dos personagens centrais da operação.
PP CHEGOU A RECEBER R$ 28 MILHÕES EM DOAÇÕES
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Pizzolatti e Mario Negromonte eram líderes do PP e participaram, segundo a PF, de uma organização criminosa, que ao longo de oito anos movimentou a cerca de R$ 500 milhões “em recursos efetivamente desviados da Petrobrás”, por meio de doações eleitorais fraudulentas, repasses em espécies e custeio de despesas pessoais dos envolvidos e a terceiros a eles ligados.
As investigações identificaram que os responsáveis pelas empreiteiras além de pagarem propina em especial aos envolvidos de R$ 300 mil, em média, por mês para cada um, também realizavam depósitos em contas correntes de pessoas por eles indicadas.
O inquérito aponta que havia pagamentos “extraordinários e individuais” que chegavam a até R$ 5,5 milhões para os líderes do partido.
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De acordo com a PF, o PP chegou a receber valores de até R$ 28 milhões em doações das empreiteiras nas eleições de 2010, proveniente de pagamento de propina, como uma estratégia de ocultação e dissimulação de valores recebidos indevidamente pelos políticos.