Na delação premiada de Delcídio do Amaral, o senador mostrou uma gravação na qual seu assessor, Eduardo Marzagão, conversa com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. No áudio, gravado no dia 9 de dezembro de 2015, o responsável pela pasta se oferece para ajudar o petista, que estava preso na época e ainda não tinha fechado acordo de delação premiada.
Em um trecho, o ministro Aloizio Mercadante diz ao assessor que quer ajudar Delcídio e que o senador não deve se precipitar porque pode desestabilizar tudo. “Eu acho que ele devia esperar e não fazer nenhum movimento precipitado porque ele já fez o movimento errado. Deixa baixar a poeira, que vai sair uma confusão muito grande pro país. Pra ele não ser o agente que desestabilize tudo. Senão vai sobrar uma responsabilidade pra ele monumental, entendeu?”, disse Mercadante na gravação.
Em seu depoimento à Procuradoria-Geral da República (PGR), Delcídio comentou que, em seu entender, o ministro da Educação fez uma ameaça velada ao afirmar que, caso delatasse, “iria desestabilizar tudo”. “Eu posso tentar ajudar nisso aí no Senado. Vou tentar conversar com o Renan e ponderar a ele de construir uma, entendeu? Uma moção”, afirma Mercadante.
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Na conversa, Marzagão comenta que a família de Delcídio passa por dificuldades financeiras. “Pra você ter uma ideia da situação dele, o salário dele tem consignado. O salário do Delcídio tem empréstimo consignado, que ele está pagando”, afirmou. Em resposta, Mercadante afirmou que ajudar no que fosse preciso. “Bom, isso aí também a gente pode ver no que é que a gente pode ajudar, na coisa de advogado, essa coisa. Não sei. Pô, Marzagão, você tem que dizer no que eu posso ajudar. Eu só to aqui para ajudar. Veja o que que eu posso ajudar”, comentou.
OUÇA A CONVERSA NA ÍNTEGRA:
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