A presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira, 11, que o governo ainda está discutindo se vai aprovar ou não para 2016 uma meta de superavit primário (receitas menos despesas) de 0,7% do PIB como quer o ministro Joaquim Levy (Fazenda). Segundo a presidente, ainda há “posições diferentes” entre seus ministros e auxiliares sobre o assunto. “Nós ainda estamos discutindo isso [meta fiscal]. Dentro do governo pode ter posições diferentes”, declarou a presidente.
Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, Levy ameaçou deixar o governo se não for aprovada para o ano que vem uma meta de superavit primário de 0,7% do PIB. A parlamentares governistas da Comissão Mista de Orçamento, o ministro disse que sua permanência na pasta “perderá sentido” se a meta fiscal for zerada, como defendem uma ala do governo e parlamentares da base aliada.
Questionada sobre uma eventual saída de Levy caso o Palácio do Planalto não cumpra a meta fiscal desejada por ele, Dilma disse: “Não respondo perguntas com esse grau 90 de subjetividade”. Dentro do governo há quem defenda o superavit zero que, segundo interlocutores de Levy, levaria o Brasil a perder o grau de investimento das agências de classificação de risco Moody’s e Fitch e aprofundaria ainda mais a crise.
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