A Polícia Federal indiciou nessa sexta-feira, dia 31, o ex-diretor Internacional da Petrobras Jorge Zelada por suspeita de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
O indiciamento, feito com a conclusão do inquérito policial sobre Zelada na Operação Lava Jato, foi enviado ao Ministério Público Federal no Paraná, que vai analisar as provas e decidir se oferece denúncia contra o ex-diretor ou se arquiva a investigação.
Zelada foi preso preventivamente no início de julho, durante a 15ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Operação Mônaco, em referência a operações financeiras do ex-diretor no exterior.
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No pedido de prisão, os procuradores argumentaram ao juiz federal Sergio Moro que, entre julho e agosto de 2014 -após a deflagração da Lava Jato, portanto-, Zelada transferiu 7,5 milhões de euros (cerca de R$ 25 milhões) que estavam escondidos na Suíça para uma conta no principado de Mônaco, com o objetivo de impedir o bloqueio dos valores.
Para o Ministério Público, essa movimentação demonstrou “inequívoco propósito atual do investigado de continuar a ocultar o produto de seus crimes e dificultar a investigação”. Relatório da Receita Federal mostra que Zelada nunca declarou oficialmente ter ativos no exterior.
Outro lado
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O advogado de Zelada, Renato de Moraes, afirma que o cliente nega as acusações, mas que só pode fazer sua defesa a partir do momento em que todas as provas sejam juntadas aos autos. Ele argumenta que o inquérito foi concluído de uma forma “açodada” e que, no despacho, o delegado diz que ainda há documentos a juntar.
Por isso, diz Moraes, Zelada ficou calado no depoimento que prestou na última sexta. “Minha orientação para que não respondesse às indagações se deve ao fato de não conhecer ainda todos os documentos”, afirmou o advogado. Anteriormente, Zelada havia negado possuir contas em Mônaco.
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