Forças federais vão participar, junto com a polícia, do desbloqueio de rodovias para por fim a uma greve de caminhoneiros que há cinco dias paralisa a economia no Brasil, informou nesta sexta-feira, 25, o ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna. Exército, Marinha e Aeronáutica vão mobilizar uma ação rápida, integrada e de forma enérgica para liberar a circulação em áreas “críticas”, como refinarias, portos e aeroportos e evitar o desabastecimento, disse o ministro da Defesa aos jornalistas.
O presidente Michel Temer entrou nesta sexta-feira com uma arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF), com pedido de liminar (decisão provisória), no Supremo Tribunal Federal (STF), com o objetivo de obter uma decisão única que permita o desbloqueio das rodovias do país, decorrente de protestos de caminhoneiros.
O presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, disse não acreditar que os milhares de profissionais que desde a última segunda-feira interditam parcialmente as estradas de quase todo o país voltem à normalidade nos próximos dois dias. “Este final de semana vai ser para montarmos as estratégias que adotaremos a partir de segunda-feira. Na minha visão, não vamos encerrar o movimento tão cedo”, declarou Fonseca.
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“A barra está pesada. A revolta [dos caminhoneiros] está grande e ninguém está querendo sair [da paralisação]. De hoje para segunda-feira eu vou tentar uma manifestação para resolver [o impasse], mas, para isso, eu vou ter que ter uma conversinha com o governo federal”, acrescentou o sindicalista.
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