Rádios ao vivo

Leia a Gazeta Digital

Publicidade

Balanço

BNDES tem crescimento de 453% no lucro do primeiro trimestre do ano

Mais confortável em relação ao risco de inadimplência, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) reduziu o montante de recursos separados em seu balanço financeiro para enfrentar calotes. Por isso, seu lucro líquido saltou 453,4% no primeiro trimestre do ano, para R$ 2,064 bilhões. O desempenho foi impulsionado também por ganhos com ações na Bolsa. 

No primeiro trimestre do ano passado, o banco registrou despesa de R$ 3,316 bilhões com provisões (reservas) para lidar com inadimplência. Este ano, a mudança no valor separado para enfrentar calotes produziu ganho de R$ 361 milhões. “As empresas estão com melhor saúde financeira”, disse o superintendente da Área de Integridade, Controladoria e Riscos do BNDES, Maurício Chacur.

A inadimplência de até 30 dias do BNDES subiu de 2,12%, no fim do quarto trimestre, para 2,24%, no primeiro trimestre. O movimento foi puxado pelo Estado do Rio, que firmou plano de recuperação fiscal com o governo federal e deixou de pagar suas dívidas com a União ou garantidas pelo Tesouro.

Publicidade

Nas contas do BNDES, a inadimplência de até 30 dias cairia para 0,98% se a inadimplência do governo fluminense fosse desconsiderada. O calote do Rio não preocupa porque foi combinado com o governo e as dívidas têm garantia do Tesouro. A melhora do ambiente na Bolsa permitiu ao BNDES ter ganho de R$ 209 milhões com vendas de ações, especialmente da Petrobrás, e de R$ 183 milhões com dividendos, sobretudo por causa do lucro da mineradora Vale. A redução de R$ 301 milhões nas despesas com baixas contábeis também rendeu frutos para o lucro do BNDES.

O diretor financeiro do BNDES, Carlos Thadeu de Freitas, aproveitou a divulgação do balanço financeiro, ontem, para dizer que a situação do caixa está “muito bem” – o BNDES não terá problema em devolver R$ 100 bilhões à União até o fim do ano. O governo precisa desse dinheiro para cumprir a “regra de ouro”, que proíbe que o endividamento público cresça mais do que os gastos com custeio. Segundo Freitas, nos quatro primeiros meses do ano, o pagamento antecipado de dívidas ao BNDES somou R$ 12 bilhões. “As empresas estão pré pagando o máximo possível, por causa da TLP.”

Ao longo do processo de queda na taxa básica de juros (a Selic), de 14,25% ao ano para 6,50%, a TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo, juros do BNDES nos empréstimos até o fim de 2017) caiu menos e hoje está em 6,6% ao ano. Dessa forma, créditos antigos do BNDES ficaram tão ou mais caros do que outras opções do mercado e até mesmo do que novos financiamentos no próprio banco usando a TLP (a Taxa de Longo Prazo, nova taxa do BNDES).

Publicidade

Aviso de cookies

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdos de seu interesse. Para saber mais, consulte a nossa Política de Privacidade.