Distante cerca de 90 quilômetros de Santa Cruz do Sul, Cachoeira do Sul tem o preço mais baixo para o gás de cozinha no Estado. Nos dois municípios, a diferença no valor médio de um botijão de 13 quilos é de R$ 15,32 – R$ 59,31 e R$ 43,99, respectivamente. O preço máximo do produto em Cachoeira é R$ 8,00 mais baixo que o mínimo de Santa Cruz.
De acordo com levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o valor mais em conta do produto vendido por aqui entre 11 e 17 de junho foi de R$ 54,00. Já o mais alto alcançou R$ 67,00. Em Cachoeira, o preço varia de R$ 40,00 a R$ 46,00. Entretanto, o valor pago às distribuidoras não sofreu uma variação tão grande: em Santa Cruz, a média foi de R$ 37,36 e em Cachoeira, de R$ 32,27, o que não justificaria a discrepância.
O presidente do Sindicato das Empresas Distribuidoras, Comercializadoras e Revendedoras de Gases em Geral do Estado do Rio Grande do Sul (Singasul), Ronaldo Tonet, explica que a diferença do valor final ocorre por uma questão de mercado. “É concorrência e vem acontecendo há 12 meses em Cachoeira. É uma estratégia adotada pelos empresários para se manterem no mercado. Mas isso deve terminar pela falta de gás que o País enfrenta”, afirma.
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Média em outros municípios
Santa Cruz do Sul R$ 59,31
Cachoeira do Sul R$ 43,99
Cruz Alta R$ 46,00
Alvorada R$ 51,71
Porto Alegre R$ 59,78
Canoas R$ 60,28
Bento Gonçalves R$ 67,33
Passo Fundo R$ 55,81
Uruguaiana R$ 64,00
Santa Maria R$ 59,03
Lajeado R$ 54,70
Pelotas R$ 57,14
Novo Hamburgo R$ 54,62
Caxias do Sul R$ 56,15
Falta de produto vai provocar aumento nos próximos dias
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Ronaldo Tonet informa que o preço do botijão de gás de cozinha terá reajuste nos próximos dias. De acordo com ele, a tendência é que suba em razão das dificuldades que as revendedoras enfrentam para abastecer os estoques. “A Petrobras limitou as importações e a produção nacional das refinarias não dá conta de suprir o mercado.
Muitas companhias estão atendendo só a 50% dos pedidos ou, então, esperam mais tempo para carregar o caminhão.” Em Santa Cruz, as revendas também passam pela dificuldade, mas por enquanto não houve impacto no valor do gás. O presidente do Singasul orienta que as empresas priorizem o consumidor final e instituições como creches, escolas e hospitais e não vendam para atacadistas e postos de combustíveis.
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