A vacina contra o papilomavírus humano (HPV) já está disponível para os meninos em Santa Cruz. Fornecida via Sistema Único de Saúde (SUS), a medicação protege principalmente contra o câncer de colo do útero e, inicialmente, havia sido liberada somente às meninas. Em outubro de 2016, porém, o Ministério da Saúde anunciou que a medida preventiva passaria a valer para adolescentes de ambos os sexos. O objetivo é reduzir a circulação do vírus entre a população. Além dos benefícios para a saúde da mulher, os garotos serão beneficiados, já que a vacina protege contra câncer de pênis, garganta, ânus e verrugas genitais, que também estão relacionados ao vírus.
O esquema de vacinação consiste em duas doses aplicadas com um intervalo de seis meses. O medicamento está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (postinhos) que têm sala de vacinação, no Centro Materno Infantil (Cemai) e no Serviço Integrado de Saúde (SIS) da Unisc. Devem ser imunizados meninas entre 9 e 13 anos e meninos entre 12 e 13 anos. Em Santa Cruz são 3.657 adolescentes nessa faixa, dos quais 50% correspondem ao sexo masculino. Já na região, o número é de 10.493 jovens que devem ser imunizados.
Este ano, meninas que chegaram aos 14 anos sem a vacina também poderão se imunizar. Outra mudança importante é que a proteção será estendida a homens que vivem com HIV entre 9 e 26 anos. Antes, só as mulheres com HIV dessa faixa etária podiam se vacinar gratuitamente. No caso desse público, o esquema é de três doses.
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Segundo a 13ª Coordenadoria Regional de Saúde, o Ministério da Saúde lançará uma campanha no início do ano letivo para intensificar a prevenção. Com isso, a procura pela medicação deve aumentar. Quem puder se antecipar, portanto, vai evitar filas. Seguindo fundamentos de ética, privacidade, confidencialidade e sigilo, adolescentes com idade entre 10 e 17 anos não precisam de autorização dos pais ou responsáveis para receber qualquer tipo de vacina nos postos.
Por se tratar de uma ação de saúde pública que tem como estratégia a vacinação nas escolas, os pais que não permitirem que os filhos sejam vacinas nesses ambientes deverão preencher um termo de recusa e enviar para a escola durante o período em que ocorrer a vacinação. É papel da escola e da secretaria municipal de saúde informar os pais sobre os dias de vacinação, caso ocorram, com antecedência.
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