Pelo menos 50 presidiários morreram em sangrento confronto de facções no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus, entre a tarde de domingo, 1, e a manhã desta segunda-feira, 2, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Amazonas. Houve esquartejamentos e decapitações, informa a Polícia Militar.
Durante a rebelião, dez agentes carcerários foram feitos reféns, mas posteriormente liberados. Os detentos do regime fechado haviam tomado a área dos presos no semiaberto, após abrirem uma passagem. Outros presos também foram feitos de reféns. Alguns dos liberados saíram feridos do complexo. A situação foi controlada por volta das 9 horas.
Segundo o secretário de Segurança, Sérgio Fontes, a carnificina se deu por conta de um confronto interno entre as facções Família do Norte e Primeiro Comando da Capital (PCC). Paralelamente à rebelião, pelo menos 20 detentos fugiram de outra penitenciária na capital amazonense, o Instituto Penal Antonio Trindade (Ipat), também na tarde desse domingo. Oito destes já foram recuperados.
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Epitácio Almeida, presidente da Comissão de defesa dos Direitos Humanos da OAB-AM, coordenou as negociações com os presos e trabalhou na libertação dos reféns, que foram soltos na manhã desta segunda. De acordo com ele, este é um dos piores massacres em presídio que já houve no País.
As informações ainda desencontradas a respeito da rebelião e das fugas geraram apreensão na cidade ainda na noite de domingo.
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