Com área congelada, varreduras diárias e policiamento 24 horas, a Brigada Militar mantém o cerco aos assaltantes do Sicredi de Vale Verde. A operação é mantida desde as 14h30 da última quinta-feira – completando, portanto, 50 horas de cerco na tarde deste sábado, 10. E conforme o comandante do 23º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Giovani Paim Moresco, não há previsão de finalizar a ação.
“Nós estamos aqui com o efetivo reforçado e vamos manter o cerco até encontrar estes criminosos”, disse. Trabalham no local o Batalhão de Operações da Brigada Militar, o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) e o Batalhão de Choque de Santa Maria. Além do congelamento da área onde os criminosos foram vistos pela última vez, em General Câmara, são realizadas varreduras periódicas pela área. Na tarde deste sábado, inclusive, o prefeito de General Câmara, Helton Holz Barreto, esteve no local para acompanhar a ação policial.
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“Durante todo o dia realizamos o congelamento da área e a verificação nos capões de mato e em todas as residências entre um matagal e outro”, comentou o comandante do 23º BPM. De acordo com Moresco, a polícia já tem a presunção de quem são os criminosos, a partir da análise do crime, das características dos ladrões e do modo de operação.
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O crime
A calmaria que domina a rotina dos moradores de Vale Verde foi interrompida por uma quadrilha de pelo menos cinco assaltantes armados e encapuzados no início da tarde da última quinta-feira, 8. Os alvos dos criminosos foram a agência do Sicredi e uma lotérica que fica ao lado do banco, na Rua Assis Brasil. O bando chegou ao local pouco depois das 13h30, obrigou reféns a formarem um cordão humano e fugiu após o assalto em direção à General Câmara.
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Na fuga, os ladrões capotaram o veículo, amarraram um adolescente, renderam duas idosas e obrigaram um verdureiro a dirigir para a quadrilha. Apesar da forte mobilização policial, ninguém foi localizado até o momento. Os criminosos reproduziram em Vale Verde a prática que vem sendo chamada no meio policial de “novo cangaço”, quando a quadrilha sitia o município e forma um escudo humano com os moradores enquanto ataca as agências bancárias.
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